sexta-feira, 29 de julho de 2016

A PRESENÇA DA AUSÊNCIA!


De que vale uma cozinha, se nada há para cozinhar.
De que vale uma cama no quarto, se ninguém nela irá se deitar
Na sala almofadas, e um belo sofá, mas não tem ninguém para nele sentar...

Tapete novo, bordado estilo Persa, mas ninguém nele irá pisar
CDs calados, esperando alguém para tirá-los da hibernação
Faze-los girar para alegrar um coração
Há uma casa, mas ainda não existe um lar
Falta aconchego, carinho, cheirinho de gente, café quentinho
Faltam sorrisos, risos e gargalhadas
Não se ouvem vozes, sussurros, segredos e nem cantares
Nas paredes quadros, apenas quadros ...
Sobre os móveis, não há poeira não há lixo na lixeira
Não há toalhas no banheiro, aquelas com letras bordadas
Informando a quem pertencem.
Não tem perfumes! Sabonetes nem roupas íntimas nos varais
Não existem dentes nesta casa, nem escovas orais
Nesta casa não tem bocas, nem lábios e não tem beijos,
Não tem falas nem conversas e nem juras de amor
NADA TEM VALOR, nesta bela residência
Nela não tem gente, só e apenas AUSÊNCIA!

Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário