“Garoto maroto” ... canta a Marrom” com sua voz grave. Vem a Baby do Brasil e completa “menino do Rio / dragão tatuado no braço”. E outros cantam “menino bonito, menino bonito ai”.
E são tantos os nossos meninos. Tantos os nossos garotos. Brancos, negros, dourados, mulatos e ruivos. Cabeças raspadas ou cabelos compridos. Alguns cacheados ou enrolados. Topetes espetados. Mentes livres. Camisas abertas. Peitos a mostra. Bermudas coloridas.
Correndo livres atrás das pipas, das ondas, das nuvens, dos sonhos!
Meninos trabalhadores. Garotos estudiosos. Moleques funkeiros.
Jovens sonhadores querendo alcançar os céus. Brincando com asas deltas. Namorando as “minas”. Pilotando motos. Exibindo seus corpos nas areias das praias.
Garotos homens, às vezes sérios outras vezes crianças.
Meninos – garotos - crianças. Pequenos homens. Responsáveis sem a saberem o que significa responsabilidade.
Às vezes irresponsáveis, por nunca terem recebido e aprendido o valor da seriedade. Meninos que se formam homens maus. Mas, foram os maus-homens-pais, que assim os fizeram. Meninos armados e mal amados, fingindo “brabeza” e fazendo proeza mostram destreza no gatilho do mau.
Crianças meninos. Garotos homens. Fujam das drogas. Não brinquem com “crak”. Não cheirem! Não bebam! Não morram!
O mundo precisa de vocês: alegres, risonhos, inconstantes, apaixonados e encantados.
Meninos sonhadores mergulhem no mar. Peguem as ondas, mas não entrem nas ondas de nem nos altos baratos.
Dancem a alegria nas discotecas, ruas e quadras. Estudem! Leiam! Aprendam! Vivam!
Nas escolas, nas fábricas, nas ruas e praias construam seus castelos! Salvem suas princesas! Sejam heróis! Conquistem o mundo!
Meninos marotos, garotos felizes não doem seu sangue por causas perdidas.
Não brinquem com armas. Não arrisquem suas vidas.
O mundo precisa de vocês – homens!
Para Rafael – morto no túnel Zuzu Angel
Edison Borba
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