No incrível mundo das novelas, é preciso ter um cérebro capaz de computar o “troca troca” de casais. A confusão chega à beira da loucura. Durante os meses em que o folhetim está no ar os casais fazem uma verdadeira dança das cadeiras.
Usando como exemplo a confusa e complicada novela da Estampa Fina, vejamos:
Griselda, era casado com Pereirinha, teve um caso com o chefe de cozinha, que era marido da Teresa Cristina, que por sua vez tornou-se amante do Pereirinha, além de transar com vários personagens da história. Essa “T.C.” dava nó em pingo d’água.
O chefe de cozinha, que era marido da Teresa Cristina e foi amante da Griselda, acabou tendo um caso com a amiga de sua filha e recepcionista do seu restaurante, que por sua vez foi amante do irmão da Teresa Cristina, que era marido da estilista, que teve um caso com o português Guaracy, que acabou se envolvendo com a Griselda.
Mas a confusão continua!
A cunhada da Teresa Cristina (a estilista), teve uma filha por inseminação artificial com o semêm do irmão da doutora e com o óvulo de uma funcionária da Pereirão, a Griselda. Agora elas estão brigando na justiça para saber quem é a verdadeira mãe da criança.Vamos aguardar o capítulo final!
A filha da Teresa Cristina teve um caso com o filho mais novo da Pereirão (Griselda) e também com o professor da Universidade, acabou voltando para o primeiro, e o professor continuou colecionando alunas.
O filho chorão da Griselda, chamado Quinzé, que tem um caso com uma das empregadas de sua mãe, foi marido da loura, que foi amante do lutador, mas andava beijando a cozinheira do bar do Guaracy, que agora namora o lutador, que foi caso da loura, de quem o Quinzé é apaixonado. Entenderam?
A professora universitária teve um caso com o dono da loja de motos, antes dele ficar viúvo. A doente mulher voltou para casa e criou um triângulo amoroso doentio.
A doutora e geneticista, é amante de um personagem que parece ser filho do Pereirinha. O mordomo gay tem um caso com um homem que tem uma tatuagem no pé, mas paquera o motorista que é casado com a dona de um bar, que tem uma filha funkeira que namora um estudante de medicina que mora na pensão do primo da Teresa Cristina, onde ninguém é de ninguém, incluindo a tia da T.C. que é caso da sua amiga e secretária.
O filho da cozinheira do bar do Guaracy, a que beijava o Quinzé e que agora é amante do exmarido da loura (o lutador), que foi mulher do Quinzé (a loura), foi garoto de programa e namorava uma garota da praia, cujo personagem sumiu da novela. Ufa! Haja cabeça para entender esse jogo!
Tudo isso e muito mais compõem o incrível mundo de uma novela.
Não importa o canal, a emissora, o horário nem o tema. O troca - troca de casais é uma constante. Mas, no final tudo se arruma. Todos se casam e são felizes até serem convocados para mais uma novela, onde novamente ninguém será de ninguém.
Edison Borba
Olá, Edson
ResponderExcluirExcelente observação. Só não "enxerga" quem não quer. Esses autores de telenovelas fazem fortunas com a alienação alheia. Clichês onde só se mudam atores e cenários. E ainda há quem assista a essas porcarcarias, que não acrescentam nada em termos de valores, ao contrário. Invadem as casas onde crianças assistem a essas promiscuidades como se fossem o normal da vida. Observam nesses folhetins o mau caratismo, a promiscuidade, sem falar em certos "modismos" polêmicos, abordagens e banalização de temas sérios (DNA, onde qualquer um falsifica exames), e por aí vai. Em toda novela tem um que não sabe de quem é filho, nem filho da mãe nem filho do pai, ou doentes que arrancam lágrimas ao rasparem cabeça, ou paraplegia, etc.
Um abraço
Lucia Regina
Edison,
ResponderExcluirEm tempo. Perdoe-me errar a grafia do seu nome no comentário anterior. E, também, eu quis dizer 'porcarias', e não porcacarias, como saiu.
Um abraço
Lucia Regina