(por) Edison Borba
Já
nos acostumamos a ver meninos e adolescentes portando armas e trabalhando para
os senhores do tráfico. Imagens tristes de uma juventude sem futuro. Soldados,
fogueteiros e guardiões das “bocas” de fumo, marcados para ter uma vida breve.
Paralelamente a eles, as meninas mulheres, que nos bailes “funks” exibem seus
jovens corpos, num bailado sensual, entristecendo a todos que assistem aquelas
deprimentes cenas. Caras e bocas e movimentos corporais, tentando ser, aquilo
que não são. Apenas meninas travestidas de adultos numa ridícula e triste
tentativa de ser mulher.
Esse
grupo, em sua maioria pertence às classes menos favorecidas. São moradores de
comunidades, cujos comportamentos são
explicados pela educação deficiente e ausência de contatos culturais capazes de
fazê-los perceber, que existe outro mundo com melhores oportunidades.
Porém,
para espanto maior, os noticiários mostram, jovens, de classe média e alta,
filhos de pais com excelente nível cultural, social e financeiro procedendo de
forma violenta, próxima à barbárie. Jovens que bebem e se drogam provocando
cenas deprimentes nas madrugadas das cidades. Promovendo arruaças, demonstrando
preconceitos de diversas formas. Dirigem, alcoolizados, provocam acidentes,
matam e ficam impunes.
Que
tipo de família, presenteia seus filhos e filhas com carrões e cartões de
crédito, como cartas de alforria, dando a eles o direito de vida e morte sobre
a vida de outros cidadãos. Jovens bonitos, malhados em academias, nível
universitário, usando roupas de marca e os nomes de seus familiares para se
colocarem acima do bem e do mal. É comum presenciarmos, elegantes MÃES, atrás
de seus escuros óculos, defendendo seus “bebês” marginais.
Também
assistimos MÃES de comunidades, que honradamente entregam seus filhos à polícia
na tentativa de fazê-los cidadãos honestos.
Madames
e operárias, MÃES com atitudes opostas! Qual delas merece receber abraços no
DIA DAS MÃES?
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