As
leis existem para ser cumpridas, porém, muitas vezes (muitas vezes mesmo), elas
deixam de ser levadas a sério, principalmente quando se trata de aplicá-las aos
FAMOSOS.
Infelizmente,
o Brasil é um dos países campeões da lei das “carteiradas”, isto é, o cidadão quando
apanhado burlando alguma regra social, mostra a sua carteira e fala com voz de
autoridade: “sabes com quem estás falando?”
Essa
mágica frase, faz com que algumas autoridades policiais, deixem de cumprir com
o seu dever esquecendo, de punir o
infrator.
Nas
estradas o abuso de bebidas alcoólicas, atitude que fere a lei que proíbe beber
e dirigir, é constantemente burlada por artistas, políticos,.atletas, empresários,
filhos de emergentes, cantores e outros indivíduos que se consideram acima da
lei e da ordem.
E
dessa forma vamos caminhando, dia após dia, sobrevivendo às incoerências de se
viver numa sociedade das desigualdades.
Aqui,
na maravilhosa cidade, ser uma pessoa comum, não pertencer ao “seleto” grupo de
caras, bocas e bumbuns é conviver com tratamentos diferenciados.
Por
tudo isso é que tomar conhecimento que Paul McCartney foi impedido de cantar a
canção de encerramento do show em que participava com Bruce Springsteen, em Londres,
foi incrivelmente interessante.
Em
Londres, no Hyde Park, a lei do silêncio funciona!
Lamentavelmente
os fãs deixaram de ouvir uma canção, mas felizmente, os moradores do local,
pessoas que pagam impostos e contribuem com seu trabalho para o fortalecimento
do país, tiveram a garantia de um sono tranquilo.
É
constrangedor admitir, que se o espetáculo fosse realizado no Rio de Janeiro, o
querido Paul poderia cantar até o dia clarear.
Aqui,
na cidade maravilhosa, a lei do silêncio, assim como outras leis, não são
devidamente cumpridas. Morar na região da Lapa, onde se acumulam bares e
restaurantes ou em frente às praias onde constantemente são realizados grandes
shows, é conviver com barulho até altas horas da madrugada.
Parabéns
ao povo Londrino que tem seus direitos garantidos pelo cumprimento de suas
leis.
Parabéns
ao Paul McCartney, que não usou de seu prestígio para burlar as regras da sua
cidade.
Dois
bons exemplos a serem seguidos.
O
silêncio do Paul, fez soar bem alto a voz dos direitos humanos!
Valeu
McCartney!
Edison
Borba
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