Diante
dos conflitos que aconteceram durante a greve dos professores e as
manifestações que fizeram parte deste complexo evento, foi possível ouvir
alguns comentários “maldosos” e desnecessários de alguns jornalistas de emissoras de televisão.
Algumas
palavras foram repetidas exaustivamente e uma dificuldade em identificar
professores de aproveitadores. A troca de verbos (intencionalmente!!??) colocou
os trabalhadores da educação no mesmo patamar dos baderneiros. Informações
dúbias em que as ações dos black blocs
são atribuídas aos professores. É lamentável que alguns jornalistas e apresentadores de
telejornais, na ansiedade de participar da notícia, deixem sair de suas bocas
comentários maldosos.
Manifestantes,
professores, black blocs, cidadãos, saqueadores, baderneiros, agitadores e
policiais fazem parte desse triste momento da educação brasileira. Quem reclama
e por que, que tipo de protesto, quem é o agressor, quem destrói o patrimônio
público, quem atira bombas e gás de pimenta e finalmente quem sofre as
consequências de tudo isso? Sabemos que é difícil identificar tantos
personagens.
É
mais elegante, que não tendo condições de comentar, o silêncio é a melhor
opção. Sabemos que as emissoras possuem suas políticas internas, que ficam
evidentes através da voz de seus funcionários, mas em algumas ocasiões, a
sugestão não veio dos superiores, trata-se apenas de fazer comentários sem ter
uma sustentação acadêmica para emitir algum tipo de pronunciamento.
Um
bom jornalista, deve se inteirar das notícias, até mesmo vendo e ouvindo
colegas de outras emissoras e dependendo das orientações recebidas, usar o
antigo ditado “em boca fechada não entra
mosquito”.
Edison
Borba
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