O cinema
tem sido responsável por grandes
interpretações tendo como enredo questões relacionadas às drogas. O álcool é o mais usado para contar histórias
“lacrimogênicas” de personagens que transformam suas vidas numa grande tragédia.
Em 1934, Fredric March, em 1954 foi a vez de James Mason e em 1976, o
filme “Nasce Uma Estrela” em sua terceira versão, arrancou lágrimas dos
cinéfilos com a interpretação de Kris
Kristofferson. A mesma história para três atores viverem o mesmo alcoólatra. Um dramalhão
envolvendo amor, amizade, sucesso, carreira e a destruição de sonhos pelo uso
das drogas.
Em 1945, Ray Milland, fez as plateias chorarem por sua atuação no
filme “Farrapo Humano”, em 1947, foi a vez de Susan Hayward, ser indicada ao
Oscar ao viver nas telas uma alcoólatra. Mais recentemente, Denzel Washington, estrelou
o drama “O Voo” em que um piloto, coloca a vida dos passageiros em risco pelo
uso de drogas.
Nas telas a relação de homens e mulheres
com as drogas, algumas vezes tem final feliz, porém na vida real, os finais são
quase sempre trágicos e infelizes.
O Brasil está vivendo um momento nada
cinematográfico. Em todos os estados, as drogas chegaram e ocuparam espaços em
todas as classes sociais. Entre os mais variados tipos de entorpecentes, o
crack tem demonstrado ser o mais devastador. Em quase todas as capitais,
homens, mulheres e crianças transforma-se dia-a-dia em farrapos humanos,
consumidos pelo uso desta terrível substância química, o consumo já chegou às pequenas cidades e pacatas vilas do interior do país. Homens e
mulheres bem sucedidos socialmente, empresários, universitários, trabalhadores
rurais, também estão na lista negra, que lamentavelmente só nos é apresentada através dos sem teto. O grande número de
usuários dos diversos tipos de drogas faz parte de uma lista acadêmica, que
pode ser vista em pátios universitários e também em elegantes espaços bem
iluminados e frequentados por cidadãos acima de qualquer suspeita.
Sem saber como controlar a praga, que já se
tornou endêmica em algumas cidades e epidêmica em todo o país, a polícia e a
justiça, tenta estabelecer um controle sobre os dependentes. Seres humanos,
transformados em zumbis, vagam pelas ruas enrolados em cobertores, migram como pássaros nas mudanças de estação,
perdidos em seus devaneios. Outros estão trancados em seus aposentos,
protegidos pelos familiares, que muitas vezes fingem que o problema não existe
em seus lares.
Os diversos programas sociais, implantados
por algumas prefeituras, mostram-se inoperantes diante de uma população que
cresce em progressão geométrica.
Estamos diante de uma grande onda de
destruição humana, cada vez mais difícil de controlar. Como um tsunami está
arrastando milhares de vidas para as profundezas da solidão e desaparecimento
da espécie humana.
Edison Borba
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