
Este
é o nome de um grande filme sobre a tragédia que foi a primeira guerra mundial. A história
de jovens estudantes alemães, estimulados a servir à sua pátria, descobrem que
na verdade a guerra é um inferno muito pior do que eles imaginavam.
Infelizmente,
a humanidade continua lutando por diversos motivos e outros conflitos
aconteceram e ainda continuam a acontecer.
A sobrevivência
é sempre usada como motivo para o início de uma luta, porém que se esconde
atrás da cortina “vital”, o motivo verdadeiro, é um segredo para quem se expõem ao perigo. Os
reais interesses para que haja o conflito, pertencem aos “generais”.
No
Brasil, existe uma guerra muito longa, na qual milhares de pessoas lutam para
sobreviver. Muitos não suportam a batalha e sucumbem. A saúde no maior país da América
Latina e que se considera a oitava economia do mundo, é uma guerra. Soldados fardados
de branco, não conseguem proteger e defender o seu povo. Os hospitais públicos,
que deveriam ser os quartéis generais, onde o povo poderia sentir-se a salvo,
estão bombardeados. Os prédios em sua maioria sofreram grandes avarias e
funcionam precariamente. Há escassez de suprimentos
alimentares e material de primeiro socorro. Feridos em combate são abandonados
em macas e até no chão, por falta de espaço. Diariamente trabalhadores morrem
sem auxílio. Crianças em espaços sem higiene sofrem por doença e correm o risco
de ser contaminadas por bactérias hospitalares. E assim, sem nenhuma novidade
no front, o Brasil segue construindo estádios faraônicos, que terão vida
efêmera.
Impossível
não abordar este assunto, que está diariamente nas páginas dos jornais,
revistas e nos telejornais. O problema é tão antigo, que não emociona mais a
população. Quem tem plano de saúde particular, se defende como pode, gastando
grande parte do seu salário para alimentar a indústria da doença. Os menos
favorecidos irão sofrer nas mãos de nossos “cirurgiões” políticos, que procuram
tratamento para eles e seus familiares em outros países. Há tempos um deles
afirmou que o melhor hospital do Brasil é o aeroporto mais próximo. Ou seja,
salve-se que puder e tiver dinheiro para pagar o preço da cura.
Há
poucos meses, nossa “comandante” recrutou soldados de outras nações. A chegada
foi gloriosa e a população acreditou que estaria a salvo. O povo nas ruas
acolheu os novos combatentes com alegria. Porém, soldados sem munições serão de
pouco valor. Gaze, algodão, remédios, postos de atendimento, higiene, vacinas,
pessoal de apoio, equipes de resgate, macas, leitos hospitalares, lençóis, soro, hospitais higienicamente
preparados e muitos outros quesitos, não foram providenciados. Porém, a nação
brasileira continua avançando rumo ao progresso, como consta na bandeira. Enquanto
a ordem e a ética, estão se apagando gradativamente do nosso pavilhão.
Sem
novidades no front, abordou os acontecimentos de uma guerra que acabou como
tantas outras, porém a que está acontecendo no Brasil, especificamente no campo
de batalha da saúde pública, está muito longe de terminar. Ainda perderemos
muitos homens, mulheres e crianças, nessa interminável luta pela sobrevivência.
“Isto
é uma vergonha!”
Edison
Borba
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