
Representados por mulheres e
homens, trazidos da África e escravizados no Brasil e, por mais crueldade que
recebessem dos senhores, mantiveram a sua fé na vida, a sabedoria de seus
ancestrais, o conhecimento de sua pátria, a simplicidade dos sábios, a
humildade dos fortes e a benevolência dos iluminados. Aqui envelheceram e
morreram como escravos. Suas iluminadas almas são cultuadas como os orixás de
alta elevação espiritual. Sempre prontos a aconselhar, abraçar e orientar. Eles
usam de sua sabedoria africana para tratar os necessitados com ervas, chás, infusões e mais que tudo
paciência e amor ao próximo.
Os pretos velhos são
entidades iluminadas e sempre prontas à prática do bem. Neste, 13 de maio, quando
se comemora a extinção da escravidão negra no Brasil, também é dedicado a Pai
Anastácio, Mãe Cambinda, Pai José de Angola, Vovó Maria Conga, Pai Francisco,
Vovó Joana, Pai Benedito e todos os grandes orixás que fazem parte desta grande
família que forma a falange dos Pretos Velhos.
Se a humanidade conseguisse
reproduzir a vontade dos Pretos Velhos, não haveria tanta injustiça, violência,
crimes, mentiras, injúrias, calúnias, traição e crimes em nosso planeta.
A fé verdadeira e pura, não
tem cor e nem raça. Não possui templos de ouro e nem de prata. Não tem luxo nem
luxúria. A fé verdadeira pode ser sentida nos pretos velhos, capazes de guiar a
humanidade para a mais pura transformação e evolução espiritual. Eles, que
aparentemente nada possuem para doar,
são capazes de preencherem nossas vidas do mais puro e simples amor, comparado
apenas com o que nos deixou o Mestre dos Mestres – Jesus.
Edison Borba
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