Dois de fevereiro, 14 horas, começa mais um ano letivo para Mim. Mais uma vez, eu estou diante de uma turma de estudantes. São quase cinquenta senhoras que aguardavam inquietas o início da aula. Cumprindo um ritual, cumprimentei as estudantes e informei sobre os objetivos do curso e dos nossos encontros para o atual ano, como sempre faço, troquei informações e estabelecemos juntos os critérios para 2017.
Antes de sair de casa, enquanto me vestia, questionei-me sobre o fato de ainda estar atuando como professor. Confesso que a minha idade pesou nas considerações, além de outros fatores como a distância a ser percorrida da minha casa até à Universidade, o número de alunas, a organização das aulas entre outras “problemáticas”. Porém, quando me vi diante das minhas alunas, senti-me como o jovem que nos anos sessenta entrou pela primeira vez numa sala de aula e abandonando o “ser” bancário, iniciava sua nova profissão – magistério.
Numa sala de aula: falando, gesticulando, perguntando, ouvindo, debatendo, escrevendo, rabiscando, polemizando e sentindo que ainda existe sonho para sonhar, sinto mais uma vez, que “AQUI É O MEU LUGAR”!
Edison Borba
Foto tirada nos anos 70, na UGF, turma de Pedagogia!
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