Entrou água no bolo, nas casas, nas lojas, nas ruas, no comércio, nos lares destruindo sonhos e vidas. Apagando risos e felicidade.
A natureza cumprindo o seu ciclo derramou água e as autoridades com incompetência derramou lágrimas.Após um ano as localidades atingidas pela tragédia, encontram-se praticamente da mesa forma. Nada ou quase nada foi realizado. Verbas desapareceram. Prefeitos destituídos e com eles o dinheiro sumiu.
Famílias desagregadas, dores, choro, tristeza e impunidade!
Bairros fantasmas exibem uma triste imagem de um Brasil que se orgulha de estar subindo na escala de países “poderosos”.Acompanhamos, envergonhados, uma situação que “parece” não ter como resolver. Tragédias ecológicas acontecem em todo o mundo. Porém, aqui no meu País, os desmandos, os desvios de dinheiro, o desrespeito com a vida humana é tão comum que já nem interessa mais aos grandes noticiários.
Anos e anos acompanhamos passivamente o ciclo das águas. Chove as inundações acontecem, casas desabam, pessoas morrem, aumentam os desabrigados, os desalojados andam sem rumo numa roda viva que de tanto se repetir já não provoca emoção.
É uma situação difícil descrever. Os países que viveram e ainda vivem guerras, provavelmente consigam entender o quero expressar.
Creio que já escrevi sobre isso outras vezes. Creio que usei as mesmas palavras. Creio que tudo está se repetindo. Creio que já está na hora de me calar, para não aborrecer meus amigos. Fico refletindo sobre tudo isso, e me pergunto:
Será um sonho? Pesadelo? Miragens? Tudo se repetindo!
Até quando vamos acumular ruínas? Mortes? Destruição?Até quando vamos escrever sobre o mesmo tema? Repetir os mesmos personagens?
Como as autoridades de outros países resolvem esse tipo de situação?
Como as populações convivem com enchentes, geadas e temporais?
Hoje, não temos nada para comemorar.
Nada de festa, alegria e risos. Entrou água no nosso bolo!
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