Anos cinquenta, Colégio Dois de Dezembro, bairro Méier. Um garoto, iniciando uma nova vida num colégio longe de sua casa. Pela primeira vez ele iria viajar sozinho, no trajeto Inhaúma – Méier. Veículo usado: bonde.
Durante os anos de 1956 e 1962 o menino transformou-se em adolescente criou asas e voou. Hoje ele tem em suas lembranças o tempo vivido no CDD.
Nesta caminhada em busca de sua identidade, vários professores foram marcantes para ele, um deles Jair Lessa Mota Reis, que os alunos conheciam como: Jair leciona matemática rindo, foi um grande ídolo.
Jair, era cativante, revolucionário e inovador. Naqueles anos, ensinava matemática usando estratégias musicais, metodologia considerada excelente pelos cursos de preparação para o vestibular nos dias de hoje. Homem capaz de ouvir seus alunos e buscar constantemente inovações para fazer com que a matemática não fosse considerada um monstro.
A relação dele com suas turmas era de tal confiança que, durante as suas provas, saia da sala de aula, deixando a turma sozinha, com a certeza de que não haveria desrespeito às regras que ele estabelecia no início do ano.
Mais do que ensinar números, somas, equações, teoremas e muitas outras complexidades das ciências exatas, ele preparava cidadãos. Creio que assim como eu, muitos outros jovens, meninos e meninas foram influenciados pelo mestre Jair.
O Colégio Dois de Dezembro tinha em seu Corpo Docente um excelente grupo de professores. De alguns eu consigo lembrar o nome, outros estão em meu inconsciente e na certeza de foram importantes na minha vida e na de todos os alunos do CDD. Grande homenagem aos Professores: Olga, Clovis, Osvaldo, Calazans, Ecilme, Maria, Prometheu, Eunice, Haroldo, José Soares, Célio Meira, Maria do Carmo, Maria da Conceição, Gadelha, Evanildo Bechara, Corina, Magacho. Os inspetores Pedro, Venâncio e Everest.
É bom lembrar, com saudade, sem saudosismo e com muito carinho de todos que fizeram parte desta História!
Edison Borba
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