A
SIMPLICIDADE DA FELICIDADE
Fui
perguntar ao mundo, o que era felicidade. Porém, ele não quis me responder,
mandou-me perguntar ao raio de luz. Numa noite, iluminada por uma luz azul,
tentei alcançar um raio de luz, mas fui por ele ofuscado.
Triste,
voltei a perguntar ao mundo, o que era felicidade. Com desdém e demonstrando
impaciência, ele me mandou falar com os rios. Corri pelas margens dos rios,
cujas águas passavam velozmente sem nada me dizer.
Mais
uma vez, eu quis saber o que era felicidade, e novamente ao mundo fui recorrer.
Sem muita paciência ele disse que os oceanos sabiam, eles eram os guardiões dos
mistérios do mundo e com certeza me dariam a resposta. Cansado, mas cheio de
esperança, me dirigi ao oceano, que silencioso e profundo nada me disse.
Esperei horas a fio, olhando a imensidão azul das águas salgadas, sem obter
resposta.
Desanimado,
mais uma vez busquei junto ao mundo o segredo desvendar. Ele, desdenhoso
falou-me: porque buscas tanto essa tal felicidade? O que pensas encontrar? Eu,
timidamente respondi que queria ser feliz, como tantos outros homens. Os que
cantam, dançam e riem alardeando que a possuem guardada em seus corações.
O
mundo olhou para mim, penalizado, e mandou-me olhar ao meu redor e observar as
coisas simples, as simples “coisas” que todos os dias estavam em meu caminho. “Coisas”
queridas; simples “coisas”; simples como a vida.
As
flores nos jardins, a sombra dos arvoredos, o sorriso das crianças. O abraço
dos amigos, o canto dos passarinhos, a ternura do sono de um bebê, o carinho
despretensioso dos animais para com seus donos, o aroma de café pela manhã.
Tantas “coisas” simples! Simples “coisas” que por serem tão simples não as
vemos nem as sentimos, elas passam desapercebidas por nós.
Seguindo
o conselho do mundo, eu pude perceber quanta felicidade havia ao meu redor.
Tudo tão pertinho, ao alcance de minhas mãos, dos meus olhos e de minha vida.
Entendi que a felicidade está bem pertinho da gente, é só olharmos com calma
que poderemos alcança-la, da mesma forma que colhemos flores de um jardim.
Edison
Borba
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