Dos anos de trabalho no magistério, muitos foram atuando em
escolas de maioria feminina. Como diretor, supervisor, coordenador e professor
de turmas, pude acompanhar diversos dramas familiares, envolvendo alunas.
Quando a família era chamada para conversar sobre a situação da jovem, ouvíamos,
das chorosas mães: “mas eu sou tão amiga da minha filha!”
Creio que é exatamente nesta afirmação que mora o perigo da
gravidez precoce, do envolvimento com as drogas, do mal rendimento escolar, da
fuga de casa, das desobediências às regras da família entre tantos outros
problemas, sendo que alguns culminaram em tragédias.
Ser mãe ou ser amiga? Será que não seria melhor ser uma mãe
amiga?
Ser mãe exige segurança, cobrança, regras, acompanhamento, determinação
entre outros quesitos mas sem abrir mão do amor, carinho, compreensão, respeito
entre outros fatores. Em tempo: ser mãe é fazer cumprir as LEIS determinadas pelo
PAÍS!
Ser amiga (principalmente na adolescência), não exige nada
disso. “Meninas” adolescentes são mais que amigas, são cúmplices. Ser amiga é
“cobrir” a falha da outra, é mentir, é esconder, é “acobertar” a amiga, onde
uma ajuda a outra numa irmandade perigosa.
Outra questão muito ouvida nos atendimentos foi (e ainda é):
“quero que minha filha tenha tudo que eu não tive!”
Ter um celular, é importante, mas saber usá-lo, É MAIS IMPORTANTE
AINDA!
Dar o direito a filha de ter um “quarto” ou espaço seu dentro
da casa é uma coisa, mas permitir que este espaço FIQUE TRANCADO A SETE CHAVES
É PERIGOSO!
Queridos leitores, estou escrevendo esta matéria, porque acabei
de ouvir de meus familiares, que a filha não conseguiu aprovação escolar e que
a mesma tem ficado horas e horas trancada em seu quarto até madrugada usando
celular e ao ser abordada pela mãe, não admitiu ouvir nenhuma observação.
A mãe, pessoa de minha estima ao conversar comigo afirmou:
”MAS, EU SOU TÃO AMIGA DA MINHA FILHA!”
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