O Dia das Bruxas é tradicional nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Irlanda. A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas teria começado na Idade Média quando perseguições condenaram muitos homens e mulheres a ser queimados nas fogueiras, por serem considerados curandeiros, pagãos ou bruxos.
Essa festa tem sido exportada para outros povos, como é o caso do Brasil, que promove em clubes e escolas esse tipo de comemoração. O interessante, é que apesar da alegria, essas comemorações não tem a mesma força e emoção das suas pátrias origens. Falta o significado histórico. Falta a tradição. Por mais que tentemos, o dia das bruxas não faz parte da nossa cultura. É bom que haja a troca de informações entre os povos, o que estreita a amizade dentro da aldeia global, porém continuará a ser apenas a imitação da cultura de outro povo.
As abóboras, os doces, as máscaras, os zumbis e as fantasias exóticas exibidos durante a noite das bruxas são parte da cultura daquele povo. É fascinante acompanharmos aquelas manifestações e buscarmos saber o que deu origem a essa festa.
Para nós habitantes do Rio de Janeiro, a distribuição de doces para crianças, é uma tradição do mês de setembro; quando no dia 27 em homenagem aos santos católicos Cosme e Damião, doces e guloseimas são entregues para as crianças. Nesse dia também os tambores dos candomblés e terreiros de umbanda reverenciam “as crianças”, numa miscigenação religiosa linda de se ver. A entrega de doces para crianças é um ponto de encontro entre as duas tradições de dois povos com culturas diferentes.
As máscaras e fantasias lembram o carnaval, que é uma festa universal variando apenas quanto a forma de manifestação. As lindas máscaras de Veneza contrastam com as horríveis bruxas e os alegres palhaços brasileiros.
As manifestações culturais precisam ser conservadas, mantidas e repetidas ao longo das gerações. Elas garantem a identidade de cada povo e contribuem para a paz mundial.
Edison Borba
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