Desde que
no Rio de Janeiro, foram implantadas as UPPs (Unidades de Policias
Pacificadoras), estamos acompanhando a dificuldade de se resgatar, uma
sociedade que passou muitos anos, vivendo sob o domínio de um força
“extra-terrena”, da qual ordens e até
mesmo certos “cuidados e agrados”, emergiam.
Está
ficando cada vez mais evidente, que ainda estamos na fase de ocupações, as
pacificações estão longe de serem conseguidas. Apesar das muitas mudanças, o
processo ainda levará algum tempo, pois se trata de uma via de mão dupla. A
polícia encarregada de “pacificar” as comunidades, precisa se adaptar aos
hábitos e costumes de cada local ocupado. Ao se colocar num grupo social,
elementos de outro grupo, cria-se uma
expectativa de ambos os lados. Diversos incidentes já aconteceram tendo os
militares como os causadores do desequilíbrio, deve
ser dificílimo para um policial, viver
num local adverso ao seu.
O
processo de adaptação é ambivalente. Os moradores, sabem que resíduos da “marginalia” ainda são encontrados nos becos e
vielas, mantendo uma ameaça velada. Os policiais que sabem da existência desse
resíduo tornam-se sensíveis a qualquer
movimento. Esta instabilidade ainda deverá durar algum tempo. O processo de
ambientação é demorado e exige mudanças comportamentais bastante sérias.
Para
tornar o processo de pacificação mais rápido e consistente será necessário o óbvio: saneamento, escolas,
creches, limpeza urbana, melhores condições de locomoção, humanização ambiental
que aliados à segurança policial, poderá fazer com que a paz seja implantada.
Porém,
mesmo com tudo o que foi descrito acima, a paz para ser alcançada num sentido
amplo, e não apenas em comunidades e localidades, de forma endêmica, é
necessário mudanças no país. Enquanto houver desvio de verbas destinadas
principalmente à saúde e educação essa tão almejada paz está muito longe do
território brasileiro. Prefeitos ladrões, senadores que não temem a
justiça usando o Brasil como parque de
recreações, deputados carreiristas e vereadores corruptos, continuaremos a ser
a república das bananas.
O Brasil precisa aprender a varrer a casa
deixando o velho hábito de colocar o lixo sob o tapete. Com o passar dos anos a
quantidade de resíduos já começou a apodrecer e não há mais tapete que consiga
cobrir tanta sujeira.
Nossos
políticos, empresários, emergentes, secretários e tantos outros que ocupam
lugar de destaque nas colunas sociais, com raras exceções, são responsáveis
pela dificuldade em se obter a tão sonhada paz.
O problema
brasileiro é epidêmico, mesmo pacificando comunidades, vilas e bairros, a doença continuará até que se
descubra um soro que inocule moral e ética e paralela a ele, uma vacina, que
possa erradicar o mal ou então os malvados.
NOTA: -DIAS 8 E 9 DE AGOSTO DE 2013.
Rio - Dois suspeitos morreram
após confronto com policiais militares durante operação em comunidades do Lins
de Vasconcelos, na Zona Norte, na manhã desta sexta-feira. A dupla ainda foi
encaminhada para o Hospital Salgado Filho,
no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. Um adolescente de 17 anos foi
apreendido. Os PMs encontraram ainda 3,5
kg de maconha, 1,5 kg de pasta de cocaína e 100 papelotes da droga. O material
foi levado à 25ª DP (Engenho Novo).
A ação
é realizada por cerca de 300 militares dos Batalhões de Operações Especiais
(Bope), de Choque (BPChq), de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromarítimo
(GAM). Veículos
blindados e helicópteros dão apoio aos policiais. O objetivo da incursão é cumprir
mandados de prisão e checar informações do setor de inteligência.
Mais de 1.500 alunos
ficam sem aula
A Secretaria Municipal de
Educação informou que, de acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação,
uma escola municipal e cinco creches municipais estão sem atendimento nesta
sexta-feira, DIA 8 DE AGOSTO,por conta da operação policial no Lins. As
unidades atendem 1.558 alunos.
Continua sem solução o caso do
pedreiro Amarildo, desaparecido na Comunidade da Rocinha.
COMO É
DIFÍCIL ENCONTRAR A PAZ!
Edison Borba
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