Que
motivos leva uma boa parcela da população rende-se ao “reality shows”? Creio
que esta questão é interessante e deve levar muitos pesquisadores da inteligência
humana, ficar horas, analisando as mais diversas teorias. Será que Freud
explicaria? Ou será melhor pedir auxílio a Jung? O que está acontecendo com a
evolução da inteligência humana? Até o senhor Darwin poderia ser convocado para
ajudar na pesquisa.

Fico
a imaginar a importância da população, ser convocada para participar do “paredão”.
Será que estamos preparando a “massa” para julgar os maus políticos? Em sendo
assim, vale a pena estarmos de olho no BBB e nas “fazendas”.
Outra
questão que me aflige, está no incentivo deste tipo de show, que investe na
mentira, na falsidade, no sexo, na vingança, no ódio, na intriga, no consumo de
bebidas alcoólicas, no exibicionismo e na preguiça. Provavelmente os
patrocinadores de tal programa acreditem que os “confinados” sejam ratos de
laboratório, que ganham para servir a humanidade, a partir das observações, a
indústria farmacológica produzirá novos antídotos contra todas essas
aberrações. Se for essa a intenção, devemos aplaudir e estimular os “heróis”, que
emprestam seus corpos e mentes para tão terrível experimento.
Outras
dúvidas invadem minha cabeça, principalmente em relação às nossas crianças e
jovens, que passam horas, dias semanas e meses aprendendo a como ser um
desocupado, e ganhar para não fazer nada. Ser considerado herói, ter suas vidas
enaltecidas, aparecer em capas de revista, falar bobagens e deixar claro que
não vale a pena estudar.
Este
tipo de programa é um curso de malandragem com direito a diploma e prêmios. Como
manter atenção dos alunos numa sala de aula, se existe um curso gratuito,
diário e cheio de atrativos os quais a escola não possui. Tudo o que os
professores tentam ensinar, é jogado no ralo, após uma sessão de “reality”.
Porém,
o que me aflige é a possibilidade que seja eu um neurótico ou tenha outro tipo de
distúrbio e estou vendo um jacaré na sala.
Estou estupefato diante de um grandioso programa, para o qual eu ainda
não consegui ter um desenvolvimento neurológico capaz de entendê-lo. Sou um
reprimido e trago no meu inconsciente traumas de infância. No meu processo de
individuação, eu rejeito os grandes heróis televisivos, pois estou aprisionado
aos meus obstáculos interiores.
Portanto
peço desculpas e vou lutar para entrar no jogo e passar a assistir esses
programas, e talvez, um dia eu posso
deixar o meu casulo e virar um borboleta, e sair voando e deixar a casa onde
estive confinado e ir direto para a fazenda.
Edison
Borba
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