Quantas mães escravas viram seus filhos morrerem sob as chibatadas
Quantas
negras mães escravas foram de seus filhos arrebatadas
Mulheres
africanas rainhas em suas Terras, escravizadas aqui e em outras paragens
Guerreiras
de coragem, que não se vergaram sob o açoite e as investidas à noite
Sob a
proteção do escuro, os monstros senhores de engenho as abusavam
Mães DE
filhos de brancos, mães de leite DOS filhos dos brancos
Senhoras
amorosas afetivas cuidadoras da suas Senhoras
Bebês da cor
do leite que era negado aos seus filhos da cor da noite
Meninos brancos
que se tornavam senhores de engenho
Que
engenhavam novas torturas para suas amas de leite
Escravas
mães de escravas. Escravas mães de escravos
Escravas da
liberdade, sonho de todos, força que vencia a melancolia
Sufocava as
mágoas, e fortalecia o sonho do quilombo
Liberdade
sonhada e guiada pela estrela guia
Mulheres
africanas brasilizadas e eternizadas em nossa pele
Nossas
“ancestrais”, VOCÊS fazem parte da nossa História e marcaram nossa vida
Somos todos
seus filhos! Estás nos genes! Estão no genoma!
Escravas
mães, nossas mães escravas negras
Pedimos que
nos abençoem, que abençoem esta Pátria
Que ainda
não aprendeu a respeitá-las e nem aos seus filhos
Perdoem-nos,
agora somos nós os escravos de uma Nação sem noção!
Edison Borba
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