Liguei
a televisão de manhã e as notícias não foram nada agradáveis. Entre as informações
sobre o clima as mortes, tiros, balas perdidas e outros problemas que assolam o
Rio de Janeiro, deixaram-me com dor de cabeça.
Nessa
hora bateu saudade! Sem saudosismo “melodramático” e até buscando um momento de
fuga desta realidade atual.
Lembrei dos
lençóis branquinhos, estendidos no varal lavados por minha mãe, que soltava à
voz cantando o repertório de Dalva de Oliveira.
Ouvi
nitidamente meus tios dizendo: "Deus te abençoe!" As vozes dos
meus irmãos ao redor da mesa do café; senti o cheiro da
manteiga derretendo no pão quentinho.
As
pipas coloridas rebolando no céu! Os cães soltos no quintal! Minha avó
cochilando em sua cadeira de balanço. A bandeirinha do Brasil, que ficava na
sala da minha casa. Ir a pé para a escola, sem medo. Do uniforme em que na
blusa branca tinha duas letrinhas - EP. Das professoras, bem vestidas, sempre
sorridentes, em frente às turmas cantando o Hino nacional.
Lembrei
do jornaleiro, do quitandeiro e do baleiro: que eram amigos das crianças e não
perigosos vendedores de drogas. Ah! Lembrei da pipoca doce. Que delícia! Quentinha vendida na porta dos cinemas e dos circos. Circos! Como era bom ir aos espetáculos circenses!
perigosos vendedores de drogas. Ah! Lembrei da pipoca doce. Que delícia! Quentinha vendida na porta dos cinemas e dos circos. Circos! Como era bom ir aos espetáculos circenses!
Tudo
isso faz parte de um outro século! O mundo se modernizou, vieram as máquinas,
os celulares e os computadores. Novos caminhos, novas fronteiras e novas experiências.
Gosto deste novo mundo, mas às vezes bate uma vontade de fazer “uma volta ao passado”
só para rever coisas simples, simples coisas, que me fizeram feliz.
Estamos
em 2016, e existem coisas muito boas neste tempo, é só sabermos olhar e
escolher o que for melhor para a nossa vida!
Edison
Borba
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