Após
um ano de uma tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro matando quase mil
pessoas, o estado volta a se preocupar com as chuvas e as possíveis tragédias.
O
que se viu nessa semana foram pessoas correndo, deslizamentos de terras,
vítimas, choros, isto é, uma tragédia esperada.
Junto
com as chuvas e a tragédia temos que suportar a vergonha. Enquanto o Japão se
recuperou rapidamente das tragédias que assolaram o país e os Estados Unidos já
voltou à normalidade, alguns dias após ter algumas cidades atingidas por uma
tragédia ecológica, o Brasil não consegue limpar as ruas onde ainda existem
restos dos desabamentos de 2011.
Quando
dos problemas ocorridos ano passado, o povo, ao ser chamado a ajudar, enviou
milhares de donativos, entre roupas, calçados, eletro domésticos, móveis,
remédios entre outros produtos, que lamentavelmente em grande parte se perdeu
ou foi desviado da sua real finalidade.
O
governo federal informa que liberou milhões de reais que sumiram em algumas
prefeituras. Após denúncias e algum barulho na imprensa, tudo voltou ao
“NORMAL”.
É
inacreditável imaginar que um povo com tantas qualidades, seja tão passivo e permissivo,
quanto, ao que vive no Brasil.
Eu
também estou me incluindo no grupo. Vejo-me aqui sentado diante do computador,
ou ouvindo pelo rádio, lendo nos jornais e vendo pela televisão as tragédias,
as lágrimas, as destruições e apesar de me revoltar não sei como agir.
Apesar
de estarmos acompanhando o julgamento dos envolvidos na quadrilha “mensalão”,
algo inédito na república das bananas, ainda estamos longe de atingirmos o
nível de um comportamento politicamente ético.
As
chuvas de verão já estão chegando e às tragédias já estão acontecendo. Tudo é
previsível, como a seca da região nordeste, o crescimento das cracolândias, a
eleição de corruptos (escondidos pela ficha quase limpa) e o enriquecimento de
uma centena de brasileiros que vivem das tragédias anunciadas.
O
que fazer com as chuvas, as tragédias e a vergonha?
Edison
Borba
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