Hoje,
dezenove de novembro de dois mil e doze, uma importante emissora de televisão,
informou em seu noticiário matinal, que, desde o dia três de outubro, morreram
na cidade de São Paulo e arredores, trezentas pessoas, todas assassinadas. Esse
trágico número completou-se hoje com o extermínio de nove cidadãos.
Noites
sangrentas, noites violentas, noites de tristeza.
Cidadãos
de bem, bandidos, policiais, jovens, adultos, homens e mulheres mortos como
gado em matadouro. Famílias em luto, mães e mulheres em prantos, crianças órfãs
e acima de tudo tragédias.
Apesar
de todos esses acontecimentos que já atingem outros estados da federação, o
país segue seu ritmo tranquilo. Feriados emendados, famílias nas praias,
namorados nos cinemas e amigos nos bares.
Os
líderes da Nação, se reúnem, analisam, discutem e estudam formas de combaterem
tanta violência. Planos são traçados, verbas são liberadas, estudiosos são
convocados para que soluções de curto prazo sejam aplicadas.
Enquanto
a justiça morosamente cumpre suas obrigações, os bandidos rapidamente cumprem
sentenças de morte e executam sem piedade.
O
grande risco, a que estamos sendo submentidos é a possibilidade dessas noites
sangrentas se transformarem em rotina e até serem incluídas em roteiros
turísticos.
Visitem
o Brasil e vejam ao vivo e a cores como acontece o extermínio humano.
Tudo
isso é extremamente terrível e trágico. É lamentável que sejamos levados a
brincar com fatos tão sérios para alertarmos para uma situação tão terrível.
A
população assustada tranca portas, adia compromissos, modifica seus hábitos,
protege seus lares, reza por seus filhos e lamenta seus mortos.
Até
quando cidadãos trabalhadores, os que contribuem para o crescimento do país,
pagando impostos, continuará refém de bandidos?
Até
quando vamos esperar que o planejamento das autoridades, tenha efeito?
Até
quando dormiremos assustados temendo pela segurança das nossas famílias?
Até
quando noites sangrentas continuarão a entristecer o povo brasileiro?
Edison
Borba
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