Em
São Paulo a caça aos policiais continua como uma prática diária. Apesar dos desmentidos das autoridades, os agentes
da lei estão sendo dizimados pelas balas de cruéis assassinos.
Sábado,
3 de novembro, uma policial morre assassinada a tiros na frente de sua filha de
nove anos. E assim durante esses quinze dias do mês de novembro, a cena se
repetiu acrescida de ônibus incendiado, e civis baleados.
Há
um clima de insegurança na população. Boatos apontam para conhecidos grupos de
criminosos que existem espalhados pelo país há muito tempo.
A
História é testemunha da existência de bandos armados que ao longo do tempo
apavorou cidades inteiras.
No
nordeste ficaram famosos grupos cangaceiros que espalhavam terror entre as
comunidades. Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, ficou conhecido como o
“Rei do Cangaço”, apavorou cidades com seu grupo. Apesar das maldades
praticadas pelos cangaceiros, com a evolução social, os grupos de extermínio
que atuam nesse século, são extremamente cruéis.
O
que também nos deixa apreensivos são as ações individuais. Todos os dias crimes
e mais crimes são praticados por indivíduos isoladamente.
Esquartejamentos,
sufocamentos, facadas estão se tornando ações comuns. O uso de armas de fogo já
é moda há muito tempo.
Como
numa epidemia, ondas de crimes acontecem numa comunidade e logo se repetem em
outras. A ação de criminosos que abala São Paulo chegou até Santa Catarina.
Como num processo infeccioso a criminalidade contagia e se espalha rapidamente.
Extermínio,
essa é a palavra. Diariamente crimes e crimes, mortos e mortos, vítimas e
vítimas se espalham indiscriminadamente, lembrando as guerras e revoluções.
Essa situação coloca em luto toda a sociedade. Infelizmente, ainda estamos
longe de encontrarmos uma solução.
Talvez,
o processo educativo seja um dos melhores caminhos. Educação, saúde. Informação
e cultura. Respeito e ética. São elementos que se desenvolvem lentamente entre
os povos. E é preciso que tudo se inicie na infância. Lamentavelmente, educação
ainda, não é prioridade para o Brasil.
Políticos
e empresários além de outros grupos que ocupam as melhores classes sociais não
conseguem perceber a importância da educação para o povo. Usam vendas nos olhos
e fingem que nada acontece.
A inovação, o empreendedorismo, a criatividade,
a capacitação e a alta tecnologia são palavrórios extremamente usados na atual
década, porém são observações supérfluas, palavras ao vento, discursos vazios.
A educação como prioridade passa ao largo dos grupos mais necessitados. A
ignorância e a barriga vazia são ótimos terrenos para a semente do mal
germinar.
Continuamos
com a cabeça enterrada na areia fingindo que tudo está indo muito bem. Fingimos
que acreditamos. Outros fingem que acreditam que acreditamos. E assim
tragicamente, dia-a-dia inovamos comportamentos sarcásticos que se aperfeiçoam
numa criatividade arrepiante.
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