domingo, 24 de fevereiro de 2013

ARVOREDOS

Saudade dos arvoredos
De formas as mais variadas
De suas flores
Perfumes
Das mangueiras poderosas
E da gentil pitangueira
Das goiabeiras em flor
Guardo em meu coração
Lembranças infindáveis
O imenso cajazeiro
Oferecendo seus frutos
De variados tamanhos
Das belas amendoeiras
Lembro-me  das folhas
Amareladas  no outono
Cobrindo como um tapete
Todo o nosso quintal
Que vontade de rever
A siriguela  encantada
Sempre repleta de frutos
O malandro Jamelão
Deixando-nos a boca roxa
Denunciava o ladrão
Da graciosa caramboleira
Perfeitamente   me lembro
De seu balançar com o vento
Os coqueiros enfileirados
Até pareciam soldados
Protegendo aquela casa
A simpática amoreira
Pertinho da casa ficava
Coladinha na janela
Ouvia nossas conversas
E pelo vento espalhava
Não podemos esquecer
Dos limoeiros festivos
Das saudáveis laranjeiras
Que junto com as tangerineiras
Nos  ofereciam sucos
Deliciosos saudáveis
E até caipirinha
Para alegrar a galera
Que curtia  balançar
Nas redes enfileiradas
À sombra dos arvoredos
Em tardes maravilhosas
Encantadas
De um tempo maravilhoso
Que não voltará jamais.

Edison Borba

 

 

 

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