A liberdade de expressão, exercida pelos
cidadãos dos países democráticos, é sem dúvida um grande avanço no processo de
cidadania.
Uma das piores condições vividas por um
povo é não poder expressar opiniões, sem o medo de represália. Os países que
tiveram a infelicidade de conviver com governos opressores sabem o quão
terrível é não ter o direito de pensar e revelar com segurança as suas opiniões.
Muitos homens e mulheres perderam a vida
ou foram barbaramente torturados, apenas por terem expressado Seus pensamentos
sobre determinado assunto, contrariando a posição dos governos opressores.
Porém, quando nos é garantida a
liberdade de expressão, é muito perigoso, fazê-lo de forma leviana. Precisamos
ter cuidado ao defendermos uma ideia ou crença para não agirmos da mesma forma
que os antigos opressores, principalmente quando o defensor da questão é um
formador de opinião, com livre acesso aos grandes centros de comunicação.
Pessoas dotadas do poder da oratória
tornam-se perigosas quando defende de forma extremada o seu ponto de vista. Em
se tratando do comportamento humano, ser contra ou a favor de uma determinada
condição, pode estimular a adoção de reações selvagens, bem semelhantes às de Hitler.
É assustador ouvir alguém expor de forma
agressiva e violenta, as suas convicções, sem o cuidado com os seus semelhantes.
Bradar, gritar e tentar impor suas ideias, sem perceber que suas palavras podem colocar em risco à vida de terceiros.
A constituição, carta magna que rege as
nações, garante a todos os cidadãos o direito a liberdade de escolha. Não é
digno, dar a esse documento ou a qualquer outro, como é o caso da Bíblia,
interpretações pessoais. Não é justo incitar ao preconceito de forma violenta.
Estamos correndo um grande risco, quando
cidadãos ditos de bem, levantam bandeiras em defesa das famílias e dos lares.
Não se defende uma causa em detrimento à segurança de uma nação.
A segunda guerra mundial começou com
discursos inflamados, onde alguns oradores apontavam grupos como responsáveis pelo desequilíbrio
social. Cidadãos de bem foram envolvidos
pela palavra salvadora surgindo os
campos de concentração, que exterminou judeus, negros, homossexuais, ciganos e
outros seres humanos, considerados “diferentes” e capazes de colocar em risco o equilíbrio e
pureza da raça humana.
É assustador constatarmos que em pleno
século vinte e um, ainda exista posições preconceituosas, promovendo uma caça
às bruxas, utilizando subterfúgios religiosos para mascarar suas verdadeiras
intenções.
Precisamos ter cautela, principalmente
quando palavras de fé e religiosidade são usadas com o intuito de servirem como
salvação eterna.
Jesus pregou a paz, a harmonia e o amor,
e não deixou nenhum documento autorizando quem quer que seja, usar o seu santo
nome em vão.
Que Deus nos perdoe!
Edison Borba
Professor Edison. Que palavras de sabedoria e puro conhecimento dos últimos fatos. Parabéns!
ResponderExcluir