segunda-feira, 17 de março de 2014

COISAS SIMPLES. SIMPLES COISAS.

Andei perguntando ao mundo, o que era felicidade.
Mas ele não soube me responder, mandou-me buscar um raio de luz e perguntar-lhe.
Perdi-me  numa noite iluminada, pela luz de uma lua azul, tentei alcançar um raio, mas
Fui ofuscado pelo seu brilho.
Tristonho, tornei a perguntar ao mundo, o que era felicidade.
Deixando-me só e com desdém, mandou-me falar com os rios.
Corri pelas margens dos rios, que velozmente passavam sem nada poder dizer.
Mais uma vez, eu quis saber o que era felicidade, e novamente ao mundo fui recorrer.
Sem muita paciência ele disse que os oceanos sabiam,  eles eram os guardiões dos mistérios.
Um pouco cansado me dirigi ao oceano, que silencioso e profundo nada me disse.
Esperei horas a fio, olhando aquela imensidão azul.
Aquele azul, o azul no qual contemplei minha face, triste face silenciosa e como as águas dos oceanos.
Desanimado, mais uma vez busquei junto ao mundo o segredo desvendar.
Ele, desdenhoso falou-me: porque buscas tanto essa tal felicidade? O que pensas encontrar?
Eu, timidamente respondi que eu queria ser feliz, como tantos outros homens.
Os que cantam, dançam e riem alardeando que a possuem guardada em seus corações.
O mundo olhou para mim, penalizado talvez, e mandou-me ver ao redor e mirar as coisas simples, as simples coisas que todos os dias estavam em meu caminho.
Coisas queridas, que me viam passar. Coisas simples como são as simples coisas da vida.
As flores nos jardins, a sombra dos arvoredos, o sorriso das crianças, a alegria dos animais.
O abraço dos amigos, o canto dos passarinhos, a ternura do sono de um bebê.
Tantas coisas simples. Simples coisas que por serem tão simples não as vemos nem sentimos.
Coisas simples como o amor, sentimento que deve conter suavidade, sensibilidade e simplicidade.
Olhei para o mundo, e pude perceber quanta felicidade havia ao meu redor. Tudo tão pertinho, ao alcance de minhas mãos, dos meus olhos e de minha vida.
Entendi que o mundo existe repleto de felicidade, e que é só olharmos com calma que poderemos alcançar, da mesma forma que podemos colher flores num jardim.

Edison Borba

 

 

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