Após
alguns dias de greve, os garis retomam suas atividades. A sociedade respira
aliviada e feliz, com a consciência de
que todos podem voltar a jogar lixo na rua, nas calçadas, praças e jardins.
Infelizmente, sabemos que a falta de educação continuará a existir porque
haverá uma classe trabalhadora, disposta a limpar o que sujamos. Até os mais
graduados e politicamente “corretos” estão felizes porque os garis já estão
“armados” de vassouras para tirar o nosso lixo, menos o que é colocado sob os
tapetes.

Passado
o susto, podemos caminhar pelas ruas, sem o medo de “pegarmos” algum tipo de
doença, e despreocupados em saber que algumas pessoas que muitas vezes passam
despercebidas por nossa vida estão correndo o risco por nós, os garis.
Essa
greve, além de servir para “atenuar’ questões salariais, teve um grande impacto
na vida dos cariocas, num piscar de olhos ficamos estarrecidos com a quantidade
quase infinita de detritos que nós produzimos. Em alguns poucos dias, ficamos
sufocados com montanhas de lixo que diariamente descartamos, sem imaginarmos os
malefícios que este produto causa. Foi preciso enxergar com olhos de “ver” e
sentir o odor com o nariz de “cheirar” e até salivar de nojo diante daquilo que
se produz numa sociedade educada, aparelhada, conectada, siliconada e cheia de
outros atributos, que vaidosamente gosta de demonstrar.
Estamos
a caminho da Copa de Futebol, momento de alegria, bandeirinhas, concursos de
ruas, fantasias, apitos muita bebida e muita farra. Que a lição carnavalesca
possa estar presente no sentido de que se beber não suje, se fumar não suje, se
brincar não suje, se dançar não descarte a fantasia pelas e não urine fora do “penico”.
Podemos festejar e comemorar sem deixarmos um cartão de visitas com mau cheiro.
Precisamos
entender que a utilidade dos garis á manter a cidade limpa e uma cidade limpa é
aquela que seus moradores e visitantes cuidam e amam.
Lugar
de lixo é na lixeira!
Educação
é o melhor cartão de visitas de um povo!
Edison
Borba
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