Quando estamos diante de algo que nos surpreende ou assusta, nosso rosto
se modifica e transfiguramo-nos numa demonstração de que algo muito sério
aconteceu. Muitas vezes, esse fenômeno acontece em virtude de notícias ou visões
pouco felizes. Ao recebermos uma notícia ruim nossa fisionomia transfigura-se
deixando claro que aquilo que ouvimos nos tocou profudamente.
Nosso organismo não sabe disfarçar, quando a situação é por demais
trágica ou bela. Somos parecidos com os cameleões que sofrem metamorfose para
fugir dos inimigos e sobreviver em lugares hostis. Porém existem situações, que
somente a transfiguração poderá traduzir a sua grandeza.
O rosto de um pai que olha seu filho pela primeira vez, após o parto.
A imagem de uma mulher no primeiro momento da amamentação.
A reação de uma criança que conseguiu aprender a ler.
A imagem de um soldado bombeiro que salvou alguém da morte.
O médico que realizou uma cirurgia grave e obteve êxito.
O reencontro de duas pessoas que se amam, após uma longa separação.
Um maestro que acabou de reger um concerto, após o último acorde.
Um menino e seu cachorrinho correndo pelo jardim.
O jogador que fez o gol da vitória.
O rosto de alguém faminto diante de
um prato de comida.
Um atleta que acabou de conquistar
sua medalha de ouro.
Todos transfiguram-se, transformam-se e muitas vezes convertem-se.
A conversão é o estado maior da transmutação, a situação vivida foi de
tal maneira grandiosa que não somente o rosto, mas todo o organismo é alterado.
A mudança atinge as estruturas psicológicas e também algo que está além do
corpo. A essência divina que todo ser humano possui e que muitas vezes fica
adormecida.
O toque “Divino” faz-nos transmutar, transformar, mudar de forma
grandiosa para uma nova jornada repleta de amor sem ódio e mágoas renascendo para
a vida.
Edison Borba
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