“Ouça”, eu só fui feliz em Maricá!
Maysa, a cantora de olhos verdes, a musa
da “dor de cotovelo”, encontrou a paz nesta pequena cidade do litoral do Rio de
Janeiro.

Mulher culta, pertencente a uma árvore
genealógica de barões, voz de timbre inconfundível e, olhar misterioso, Maysa,
encantou a todos com suas interpretações.
Educada em rígidos colégios, casou-se
aos dezoito anos, unindo o nome de sua família ao de outro clã, também
importante no cenário da sociedade brasileira.
Entre canções, prêmios, gravações e muito
sucesso Maysa, encontra preconceitos de uma sociedade maldosa, principalmente
em relação às mulheres desquitadas. Dona de suas vontades, essa linda mulher
amou demais, cantou demais e sofreu demais.
Consagrada nos palcos, de várias cidades
do mundo, amada no Japão, essa sensível
artista cantava as suas dores e amores. Músicas como “Meu Mundo Caiu”, “Tarde
Triste”, “Bronzes e Cristais” entre dezenas de outras melodias, que desnudavam sua
sofrida alma, que deixou de ser Matarazzo e Monjardim, para ser simplesmente
Maysa.
Sua carreira também encontrou nos palcos
teatrais mais uma forma de expressão do seu talento. Atuou em novelas com o
mesmo talento de cantora.
Maysa como outras mulheres, foi uma
guerreira. Desafiou o mundo para viver a sua individualidade. Amargou a
imprensa “marrom” que a perseguia, numa tentativa de manchar sua imagem. Sua
trajetória de vida, provavelmente tenha servido para que outras mulheres
tivessem coragem de ir à luta, após um casamento desfeito.
Morreu de forma dramática, como o enredo
de muitas de suas interpretações. Saiu da vida, voando como um pássaro, sobre o
mar.
Era novembro de 1976, a jovem mulher de
apenas 40 anos, deixou a sua casinha branca nas areias da praia de Maricá,
eternamente vazia.
http
iluminando o universo da Escola de Samba
Grande Rio.
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