“O
governo brasileiro ficou incomodado com reportagem da revista online “Fifa
Weakly'' sobre o Brasil por mostrar bundas de garotas de biquinis . Por isso,
houve um contato com a federação internacional que se prontificou a tirar o
material do ar, o que já aconteceu. Antes disso, a entidade não via nenhum
problema na matéria. A revista apresenta uma matéria com o nome “Brasil para
iniciantes'' com dicas sobre o país. Entre outros itens, o texto diz que
brasileiros não são pontuais, não respeitam filas e atrasam até estádios. A
foto que ilustra a reportagem mostra as bundas de duas mulheres de biquinis em
praia do Rio de Janeiro. Elas assistem a uma partida de futebol”.
Há
um antigo ditado popular, que minha avó, Dona Emerenciana gostava de repetir:
“faz fama e deita na cama!” foi isso que aconteceu com o nosso país, que há
anos distribui bundas para todo o mundo. Nossos cartões postais, até poucos
anos, eram ilustrados por mulheres de biquíni. Fotos nas praias, ruas,
shoppings em qualquer lugar ou ambiente os fotógrafos conseguiam inserir uma
bunda.
Nossos
cartões postais serviam como propaganda para um comércio sexual, que envolvia
até crianças. O nosso carnaval, ainda é a apoteose “bumbástica”. Bundas de
todos os tamanhos, cores, siliconadas, caídas, empinadas, estriadas,
desnutridas e muitas outras de diversos tipos e gêneros, eram e ainda são exibidas para todo o
mundo. Dessa forma, fica difícil mudar conceitos. Como dizia a vovó, fez a cama
e agora tá deitado na cama.
Nosso
país é desrespeitado em tudo por todos em todos os ângulos, muitos turistas
quando compram as passagens para a terra brasileira, trazem a falsa ideia de
que aqui tudo pode, tudo é permitido
tudo é nada, ninguém é de ninguém.
É
triste para nós, que sabemos das dificuldades que temos. Das lutas que
travamos. Dos sonhos que tentamos realizar. Da qualidade dos nossos serviços e
da nossa produção braçal e intelectual.
Mas,
como cantou Rita Lee, nem toda feiticeira é corcunda e nem toda brasileira é
bunda. Porém, como mudar esse conceito? Talvez um maciço processo educativo de valorização do brasileiro,
feminino e masculino, do respeito ao corpo, da ética comportamental, e da identidade que cada um deve ter com seu
país.

As
crianças brasileiras crescem de olho no espelho para saber como será seu
futuro. Escolas, estudos, pesquisas, leituras perderam a importância para os
“books” e poses provocantes, que poderão transformar qualquer um numa
celebridade.
Leis
proibindo que os estrangeiros nos respeitem, devem ser feitas, mas o processo
deve vir de dentro para fora. Enquanto
não nos respeitarmos mutuamente, enquanto vivermos na terra da
maravilha, onde a lei de Gerson prevalece, fica difícil exigir o respeito dos
estrangeiros.
Teremos
dois eventos mundiais, a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, e sabemos de
antemão que grande número de turistas não virão interessados nos jogos e nem
nas competições e sim na abundância das bundas brasileiras.
Lastimável!
Edison Borba
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