Há dias, uma
migração de famílias sem teto, aproveitadores e bandidos ocuparam o
edifício, construindo uma favela, que
nos lembrava um formigueiro. Mais de cinco
mil pessoas se reuniram em condições precárias nos prédios vazios e no
seu em torno, organizando uma grande comunidade, visão mostrada pelas câmeras
de emissoras de televisão era indescritível. Lonas, papelão, madeira, crianças,
mulheres, homens, lixo, lama, armas, móveis, panos, plásticos, insetos e ratos
convivendo num espaço onde a ordem e
provavelmente, as leis foram preestabelecidas por grupos “inteligentemente”
organizados.
Com o grito de
ordem de “queremos casa”, a multidão enfrentou a polícia provocando danos e
confusão nas imediações do local. Fica difícil separar flores de ervas
daninhas, quem são realmente os sem teto e os que “armaram” o esquema para usufruírem
de um grave problema brasileiro, a falta de moradia.
Com a chegada da
polícia e da ordem de desocupação do local, aconteceram incêndios de ônibus, carro
de polícia, parte do prédio ocupado, invasão de bancos e saque em mercados.
A falta de
habitação adequada é um problema antigo, governos entram e saem e não conseguem
resolver uma situação que se agrava a cada ano. A população cresce numa
proporção maior do que a oferta de moradia. As ocupações inadequadas já é uma
epidemia que vêm à tona durante as enchentes.
A falta de
segurança é vivida dia - a - dia pela população. Assassinatos, roubos, furtos,
latrocínios, estupros fazem parte do cotidiano dos brasileiros, que já não
causam indignação para a maioria dos brasileiros. As vítimas e suas famílias
sofrem abandonadas e se tornam números para as estatísticas dos pesquisadores.
Quanto a ação
dos traficantes, será muito difícil de resolver. O produto só é vendido na
medida em que existe comprador. Se existe comprador existe consumidor, portanto
a raiz da questão dificilmente será
arrancada.
Queremos casa!
Queremos
segurança!
Queremos paz!
O povo quer
aquilo que é seu por direito.
Um governo que
se diz do povo, para o povo e pelo povo precisa rever suas ações, o mais rapidamente
possível, caso contrário ...
Edison Borba
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