Um
país de dimensões continentais. O maior da América do Sul. Um dos mais
populosos do mundo. O que possui a maior floresta tropical do planeta. O que
detém o maior reservatório de água doce da terra. O país das diversidades
ecológicas e guardião da maior biodiversidade do universo, também teria que
possuir uma enorme quantidade de partidos políticos.
Nesse
caso, a quantidade, a diversidade e a pluralidade não beneficiam a população.
Apesar dessa grande quantidade de partidos, aparentemente ser indicativo de
liberdade democrática, acaba sendo refúgio de políticos sem escrúpulos, que
pulam de sigla em sigla, não se fixando em nenhuma ideologia. Elas funcionam
como disfarces para confundir o eleitor.
PDT,
PC do B, PR, DEM, PMDB, PPS, PP, PSDB, PSB, PT, PSTU, PV, PTB, PCB, PSOL, PRTB,
PSD, PT do B, PTN, PTC, PSL, PSC, PSDC, PMN, PCO, PRP, PHS, PRB, PPL, PEC, PPL,
PF e PEN são as siglas partidárias, muitas, criadas às pressas para atender a
ideais escusos dos homens e mulheres em busca do poder e das vantagens que esse
poder irá lhes conferir.
O
povo? Que povo? Democracia? Onde?
A
dança dos políticos chega a ser grotesca, se igualando às festas onde os casais
trocam de pares, numa orgia vergonhosa.
Às
vésperas de eleições, o votante ou eleitor, tem que consultar uma cartilha para
saber quem está onde e, com quem. Inimigos ontem, amigos hoje. Adversários em
janeiro, aliados em fevereiro. Abraços substituem ofensas e acusações em
aceitações. Tudo é efêmero na política do Brasil, com tantos partidos, fica
difícil cobrar convicções e promessas. Em meio a tantas siglas o brasileiro nem
sabe a qual partido pertence o seu candidato, e quando sabe, ao votar, não
garante que até o final do mandato, ele continue filiado àquela sigla.
Um
país partido, repartido e dividido. Um país sucateado e assaltado. Um país cuja
democracia é de tal forma subvertida que chegamos a duvidar da sua definição.
Nas
democracias verdadeiras, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder
legislativo e o executivo.
Infelizmente
no Brasil, o povo luta muito para ter os seus direitos respeitados. Educação,
saúde, alimentação, habitação entre tantos outros itens de vital importância,
se perdem em meio a tantos partidos.
Um
país de muitos partidos é um país repartido.
Edison
Borba
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