
Durante a partida, alguns blefam,
escondem cartas nas mangas dos casacos e sonham obter o coringa e assim dominar o jogo. É
necessário ser um às, nas jogadas e conseguir fazer não só seus oponentes, mas todos que estão em torno da mesa,
acreditarem, naquilo que não podem ver. O bom jogador sabe enganar, ou blefar,
levando-nos para situações difíceis de
ser desvendadas, sobre as suas reais
intenções.
Com as cartas nas mãos, e tendo o
cuidado ao desvirar as que estão sob o feltro, os competidores, sabem que a
sorte pode levá-los a desvirar ou descartar valores altos ou baixos e desta
forma, perder ou ganhar a rodada.
Pela primeira vez, na banca Brasil, a
mesa está constituída principalmente por duas Damas e um Valete, apesar de
existir outros competidores, apenas esses três, possuem as melhores cartas e
oportunidades.
Os embaralhados jogos brasileiros,
sempre se caracterizaram como combate
para homens. Mesas ocupadas por “malandros” capazes de fazer girar as rodadas
por muitas horas. Mas, sempre um homem era o vencedor. Foram anos, até que uma
Dama, ajudada por Valetes, que tinham sido Reis, foi à vencedora.
Durante quatro anos, ela dirigiu o
jogo, porém sempre tendo ao seu lado um antigo Rei, que ainda sonha em sentar
novamente no trono. Ela reinou, sempre com seu manto vermelho, assinalando a
marca registrada de seus companheiros de mesa.
Uma nova rodada foi aberta, e para
surpresa e por mão do destino, um dos jogadores saiu tragicamente da mesa e o
jogo sofreu uma grande virada: hoje, estão disputando a coroa, duas Damas e um
Valete.
O povo está apostando, alto neste
jogo, infelizmente por mais que tente, não consegue se livrar dos blefes e das
“maracutaias” que acontecem “por baixo do pano”. Muitos naipes infiltrados manipulam as jogadas e tornam difícil saber
qual jogador é mais honesto e joga limpo, sem usar de falsas estratégias.
Em outubro este jogo poderá ser
encerrado, mas existe a possibilidade de um dos três jogadores sair e numa
segunda rodada, com certeza, teremos pelo menos uma Dama. Quem será?
Edison Borba
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