Existe um antigo ditado popular que
afirma: “em boca fechada não entre mosquito”. Uma observação simples, mas que
contém um grande ensinamento. Muitas vezes, perdemos um amigo, ofendemos alguém
de quem gostamos, complicamos nossa vida afetiva e familiar, criamos algum tipo
de problema no trabalho, apenas porque abrimos a boca na hora errada e no
momento errado.

Quantas pessoas se arrependem para o
resto de suas vidas por não ter conseguido manter a boca fechada. Além da
possibilidade de comer insetos, o dito pode acabar se transformando em
“mau-dito” e não há como transformar o dito pelo não dito.
Como manter a boca fechada, quando
estamos diante de uma situação que nos incomoda?
Como não fazer um comentário, quando
temos a “certeza” (??!!) de que estamos com a razão?
Manter o autocontrole é um difícil
treinamento que envolve nosso sistema neuro hormonal, portanto é algo
complicado de ser controlado.
Porém, não é impossível, basta pensar
antes de falar. Aqui também estamos diante de uma questão complicada. Todas as vezes
que pronunciamos algo, antes de soltarmos as palavras e formarmos às frases, o
nosso cérebro recebe as ordens para que o que pensamos seja traduzido em
linguagem, logo tudo o que falamos representa o que pensamos.
A grande questão está no controle do
que pensamos. Para tanto são precisos exercícios, principalmente de
concentração e meditação.
À medida que conseguimos organizar
nossos pensamentos e passamos a sentir
paz interior, também passamos a ter mais controle sobre as nossas
palavras.
Essa conquista é longa e árdua. O
caminho é penoso e poucos conseguem chegar ao fim da estrada, e infelizmente,
enquanto tentamos conseguir esta condição, continuaremos a engolir mosquitos e
a falarmos impropriedades nos momentos mais inconvenientes.
Edison Borba
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