O Brasil ainda é um
país dos doutores, desde a infância, nossas crianças são levadas a sonhar com
profissões em que os “canudos” (diplomas), possam ajudá-los a ostentar o título
de doutor. Advogados, médicos, engenheiros e outros caminhos profissionais são
valorizados pela sociedade em detrimento de outras atividades, extremamente
necessárias para o desenvolvimento do país. Cozinheiros, ladrilheiros,
costureiros, cabeleireiros, operadores de tratores, mecânicos, eletricistas, pedreiros,
pintores, soldadores, confeiteiros, cuidadores de idosos e crianças,
marceneiros e tantas outras atividades que são a força que mantém a produção de
uma nação. A educação formal, dada pelas escolas, deveria abrir mais espaço
para que crianças e jovens conhecessem melhor os profissionais destas áreas,
muitas vezes tratados como subprofissionais. Num país como o Brasil, o título
de Doutor, só rende dinheiro e prestígio para aqueles que realmente apresentem
vocação e que as tenham escolhido, não pelo título, mas movidos por um interesse
biopsicológico. Uma nação é construída pelos braços e cabeças daqueles que
movidos por uma necessidade de criar e inovar buscam novos caminhos para os
seus afazeres, transformando em novidade aquilo que é feito em seu dia-a-dia. É
preciso urgentemente valorizar todas as atividades exercidas pelos homens e
mulheres brasileiros, independentemente se eles são ou não portadores de um
diploma de Doutor.
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