Os reality shows são um bom exemplo de que a
privacidade é algo que está cada vez mais distante das nossas vidas, o
importante é deixar cair os panos e as máscaras e não temer mostrar tudo de
tudo em todas as posições.
Em
qualquer lugar que chegamos existem mil câmeras nos observando e com elas a
terrível frase: “sorria você está sendo filmado”.

Quem
não está gostando nada dessa profusão de olhos são os “voyuers”, cujas ações
aconteciam às escondidas. Eles estão agora nos sofás dos analistas, discutindo
a perda de identidade.
Atualmente
milhares de curiosos estão observando tudo de todos e a toda hora.
As
pessoas impulsionadas pelo desejo de serem vistas e conseguirem seus quinze
minutos de fama, fazem suas fotos circularem pelas páginas de blogs e outras
salas internáuticas. A moda e se mostrar o mais possível, várias vezes, de
diversas formas e em diferentes lugares; é semelhante a um vírus, já contaminou
milhares de pessoas.
Divulgar
a vida 24 horas do dia. Gravar momentos íntimos, os mais íntimos, os
extremamente íntimos colocar para circular e “fingir” que houve violação dos
direitos à intimidade - é moda.
Intimidade?
Que intimidade? Hoje, a mania, é escancarar, deixar fluir, mostrar, ser visto em todas as situações possíveis, até aquelas
que só eram realizadas a portas fechadas e em total solidão.

Roupas?
Que roupas? Os descamisados não são mais os trabalhadores da Argentina, agora
eles estão pelo Brasil, em todos os lugares, mesmo longe das praias. Maiô é
peça de museu. O fio chamado de dental desaparece entre os enormes e
siliconados glúteos e o antigo sutiã, transformou-se num pequeno retalho que
cobre apenas os mamilos.
Privacidade?
O que é isto? Quem a tem? Quem a quer?
Ninguém
a tem e poucos a querem.
E
neste complexo novo mundo existe situações interessantes, que podemos chamar de
inusitadas ou jocosas: pessoas que querem ser vistas, notadas e fotografadas,
porém usam óculos escuros e fingem que não curtem aparecer e quando isto
acontece, isto é, ninguém as nota, elas ficam deprimidas por não terem sido
reconhecidas.
Este
grupo tem cadeira cativa nos consultórios psiquiátricos, mas também motivo de boas piadas.
Querer,
fingir não querer, e sofrer a rejeição, deve ser traumatizante! Este assunto poderia estender-se por muitas
páginas, porém já me alonguei bastante para que um grande número de pessoas
queira saber mais sobre a minha vida particular.
Nada
revelarei, apenas colocarei no face, no blog, no twitter, no orkut e em todos
os programas da internet algumas fotos minhas, em momentos íntimos e deixo que
os “seguidores” tirem suas próprias conclusões.
Edison
Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário