Hoje,
dia 26 de outubro, primavera de 2014, é um especial domingo no Brasil. Hoje,
exatamente hoje, todos os brasileiros nativos e aqueles que adotaram esta
Nação, irão às urnas para escolherem democraticamente os seus governantes de
estado e o presidente. Hoje é definitivo, o que for deliberado neste domingo
irá se estender por quatro anos, ou seja, mil quatrocentos e sessenta dias.

Muito
antes do Senhor Cabral, chegar em terras
brasileiras, este território já exista, possuía um povo dividido em grupos, com
suas próprias regras de sobrevivência. Os europeus trouxeram novos hábitos, leis
e de forma muito pouco democrática, se instalaram. O tempo passou e a conquista
desta nova democracia foi bastante complicada.
O
Brasil teve experiências com diversas formas de governo como império, ditadura
civil e militar, além de outras estruturas políticas. Os brasileiros deveriam
ter chegado em 2014, com uma bagagem repleta de conhecimentos e amadurecidos politicamente.
Às
vezes, temos a impressão que os mártires da nossa História não conseguiram nos
ensinar a escolher nosso sistema político, ou políticos para o nosso sistema.
Desde
Tiradentes, até os que enfrentaram os difíceis anos trinta e os que morreram
durante o governo militar temos errado como eleitores. Erramos de tal maneira
que tivemos que expulsar um presidente eleito democraticamente, para depois
perdoá-lo e fazê-lo senador.
Reelegemos
homens, que demonstraram que suas convicções só serviram por quatro anos. Quando
receberam do povo mais uma rodada de governo, enfiaram os pés pelas mãos e
deixaram claro que reeleição no Brasil é um caso a ser pensado, analisado,
discutido e decidido pelos trabalhadores.
Os
dias que se seguirem a este domingo, passada a ressaca da eleição, os cidadãos
começarão a perceber se a escolha através do voto livre e personalizado valeu a
pena.
Somos
uma nação jovem se nos compararmos com a Europa, portanto, ainda com muito o que aprender. Infelizmente,
temos tido um comportamento de aluno vadio, só aprendemos “coisas” ruins,
estamos sempre repetindo o ano e não conseguimos fazer as lições de casa de
forma conveniente.
A
partir do dia 27 de outubro, novos alunos estarão ocupando os bancos escolares
da política, a população brasileira, aguarda que desta vez, os exercícios sejam
executados corretamente e que não haja gazeta às aulas, irresponsabilidade com
as lições e que possamos “passar de ano” democraticamente, sem precisarmos
ficar em recuperação.
Edison Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário