sexta-feira, 19 de junho de 2015

FACAS E BALAS!

A população do Rio de Janeiro, esta vivendo entre tapas e beijos, isto é, entre facas e balas. A cada dia mais um cidadão trabalhador é morto ou ferido por um objeto cortante ou por um projetil, conhecido como bala.
Nem é preciso sair de casa para ser atingido, ferido ou morto. Dentro do quarto, na sala ou em qualquer outro ambiente do lar, pode-se receber de “presente” um tiro. A tal de bala perdida, percorre espaços e atinge rosto de menino ou pescoço de pai.
Quanto as facas, surgem preferencialmente nas ruas ou nos meios de transporte, como os ônibus, trens ou metro.
E assim, caminhamos dia após dia pelos caminhos obscuros da cidade maravilhosa. Estamos arrumando a casa para os Jogos Olímpicos. Novas ruas, construções, remodelações, embelezamentos na parte física do Rio de Janeiro, porém o coração da cidade, que bate nos peitos de mulheres, homens e crianças, continuam abandonados.
Este abandono é alvo fácil para facas e balas, que após sangrarem o cidadão, o levará para outra situação séria e outro sangramento, que acontecerá no mal atendimento dos hospitais públicos da cidade.
Infelizmente, não há como esconder o lixo sob o tapete verde do estádio do Maracanã, e nem tentar abafar os gritos de dor, com a algazarra das torcidas, que ocupam esta imensa arena esportiva. O povo sério que ajuda a manter a cidade, o estado e o país em funcionamento, está assustado, com medo e indefeso diante de tanto descaso com a sua segurança e saúde.
Facas ou balas? Quem escolherá qual será a arma fatal que poderá nos atingir é o meliante, bandido, assaltante, o dono da cidade, que diariamente faz valer a sua força num enfrentamento ousado e impiedoso contra a cidade.
Até quando viveremos sob a sombra das armas que continuam a ocupar a (ainda) Cidade Maravilhosa?

Edison Borba

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