Cresci
ouvindo alguns ditados populares, que continuam a acompanhar-me, pela
vida, mesmo quando tento impedir de se apresentarem, como uma
verdade teimosa. Estudei, li, pesquisei, tenho diplomas e tornei-me
racional, mas mesmo assim, as “verdades” populares, teimam em se
afirmar invalidando toda a minha racionalidade.
Em minha
casa, minhas avós mencionavam com bastante regularidade: “dia de
muito véspera de pouco”, ou então, “feliz hoje, choro amanhã”,
entre outras formas impedir sermos alegres e felizes. “Muito
riso, pouco siso”, era também uma maneira de dizer que o riso era
coisa só de criança sem juízo, pois o adulto, os que possuem o
siso, riem pouco.
Tudo isso
foi acumulando-se em minha cabeça e mesmo lutando contra, esses
ditados, algumas vezes surgem fatos que comprovam o que minhas avós
falavam.
Já
aconteceu comigo e com amigos, após um dia de festa, de alegria,
de riso e felicidade, o dia seguinte foi de choro, lágrimas,
lamentos e tristeza numa cascata de dissabores, que o dia da
felicidade perdeu-se completamente. Nestas horas penso nas minhas avós
e todo o meu conteúdo literário, científico e pedagógico escorre
pelo ralo.
Ser
feliz, será um crime?
Adultos
não podem rir, rir e rir por nada, apenas pela vontade de rir?
Construir
um sonho, realizá-lo e dividir com os amigos numa onda de
felicidade é algo impossível?
Será que
temos que viver sempre sob o medo de que um dia de felicidade é
prenúncio de tristeza?
Infelizmente
alguns fatos quando acontecem tentam provar que esta hipótese pode
torna-se verdadeira, deixando em nossos corações o medo de correr
feliz pelos verdes campos, para não sermos atingidos por uma dor e
enorme, que machuca e fragiliza nosso corpo, com emoções ruins, que
nos torna pequenos diante de algo tão ruim.
Mas, como
o céu que se torna azul novamente, após uma tempestade, a gente se
levanta e qual a correnteza de um rio deixamos o mal ser levado para
as profundas águas do oceano, enxugamos as lágrimas e voltamos a
sorrir sem medo.
Edison Borba
Parabéns pelo texto, na vida temos que saber nos defender sempre, pois existem nos dias de festa a famosa " mosca" , ela chega planta a discórdia,o dissabor, tenta.... ser conciliadora , mas na verdade ela é algo tão negativo e dissimulado que tal fato é sentido por um aglomerado de pessoas, escorregadia feito uma perereca, língua de tamanduá buscar a maldade nas camadas mais profundas da terra e do mar, causando um desequilíbrio generalizado nas rodas sociais e levando para si , todo mau, maldito para si e assim caminha a humanidade dilacerada pela mula do herege. - LUIZ MAYNART CORRÊA.
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