Os que eu amo, não sabem, de todos os meus amores
Desconhecem minha vida, meus desejos, minhas dores
Ando por aí, desconhecendo para onde vou
Um frio congelante, toma conta do meu corpo
Empalideço, tenho pavor, já nem sei mais quem sou
Nada tenho a dizer, não quero pedir perdão
Sofro uma tortura infinita, eu creio que quero morrer
Morrer mesmo sem saber porquê.
Tédio sinto, por tudo que está ao meu redor
Tédio, louca sensação de não sentir prazer
Estou perdido, entediado, sigo na contramão
Quero morrer, sumir, desaparecer ir para um lugar
Qualquer lugar, que nem sei, longe de tudo que amei.
Cada dia mais, eu mergulho, num escuro e fundo poço
Não quero luz nos meus olhos, não quero mais existir
Vivo em pavor e medo, tentando sobreviver,
Sinto frio congelante, tenho mágoas em minha’alma
Que tento até esquecer, mas elas estão agarradas
Em meu ser, em meu viver, em minhas memórias mais íntimas
Elas já fazem parte de toda a minha história
Mais pareço um cemitério, silencioso, calado
Repleto de corpos sombrios, frios em decomposição
Onde vermes atacam, os mortos sem distinção
Ricos e pobres, igualmente, deixando bem evidente
Que naquele espaço eles reinam, consomem os mais elegantes
Os inteligentes e até os desprezados, deixando claro e sério
Que que a democracia existe dentro de um cemitério
Os afamados serão consumidos também
Sem nenhuma distinção, os mortos são os queridos
Dos vermes que moram no chão, rastejantes pavorosos
Que fazem um trabalho sério, de limpar a sociedade
Mantendo no cemitério, para sempre a igualdade.
Esta visão me acalma e até espanta meu tédio
Creio que eu procuro, um lugar assim bem tranquilo
Estou cansado da vida, desta rotina estressante
De viver dependurado, por um fio de barbante
Desculpem os parentes e também os meus amigos
Não fiquem tristes pensativos, eu apenas estou querendo
Seguir o caminho, de todos os seres vivos.
Edison Borba
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