E
agora João? A agora Maria? E agora Antônio? E agora Dilma? E agora Brasil?
Carlos
Drumond nos emocionou com o poema para um José que não dormia e não morria
seguindo apenas em frente, depois que a festa acabou, e ele então perguntava: “e
agora José?”
A
pergunta é a mesma para o Brasil: e agora Brasil? E agora Dilma? Depois que a
festa acabou, as mentiras reveladas, a
zombaria contra o povo está surgindo através das denúncias. E Agora?
Começaram
os protestos. E agora, Dilma?
O
povo aguarda por soluções. Não basta discursos, todos querem ações. E agora? A
alegria dos palanques acabou, o riso não veio e tudo parece que está
mergulhando num abismo sem fim. E agora?

Não
espere mais o povo gemer, o povo gritar e o povo acordar, porque se isso vier
acontecer todos iremos sofrer e vai ser duro de doer. Ver a senhora ficar
sozinha no escuro sem um cavalo preto que chegue a galope para lhe salvar. E
agora mulher?
O
povo começou a sair para as ruas, e a se aglomerar, a pedir, a cobrar uma nova
Nação. Não aceitam mais a volta da inflação e os antigos problemas. Foi sua
promessa, fui sua escolha, fui sua proposta.
E
agora Senhora? Como vai governar? Você está sozinha, rodeada de lobos, uivando
ao seu redor querendo manter a sua matilha ou será a quadrilha? E agora? Como
fazer para satisfazer o João, a Maria, o
Sebastião e a população?
Os
palanques foram desmontados e seus discursos estão gravados e nada do que foi
prometido está sendo realizado. E agora Senhora?
Estás
solitária, sozinha em palácio amargando a vitória.
Que
governo será feito? Como aplacar a fome dos miseráveis? Como esconder os que
não sabem ler? Como fazer para mascarar as obras não feitas? Como apagar aquilo
que temos para “pagar”? Como embrulhar o bagulho e o entulho que já não cabem
mais embaixo do tapete?
Como
manter seus amigos corruptos que
continuam sob as suas asas? E agora Senhora Dilma, o que será do Brasil?
Edison Borba