Quinta
– feira, dia 20 de novembro de 2014, na Rua Ribeiro de Almeida, no bairro
Barreto, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, morreu o engenheiro
João Gabriel Lima da Frota Machado Macedo, de 29 anos. Os assaltantes levaram
seu carro, sua vida e mais um filho de uma mulher, que em 2007, também teve
outro filho, outro João, o João Guilherme assassinado, por criminosos durante
um assalto.

Enquanto
os familiares do engenheiro choravam a sua morte em Niterói, no Complexo do
Alemão, comunidade considerada pacificada, acontecia um confronto entre
bandidos e policiais, deixando um rastro
de sangue com policiais feridos e um homem morto.
A
população do Rio de Janeiro, já está se acostumando a viver no clima de guerra
urbana, da mesma forma que povos de outros países continuam a suas rotinas,
mesmo com explosões de bombas acontecendo ao seu redor.
Infelizmente,
estamos sempre repetindo as mesmas notícias: morreu vítima de bala perdida, foi
atingido por um projétil, baleado morreu no hospital, as aulas foram suspensas,
o comércio fechou e mesmo assim senhoras saem para as compras, trabalhadores
seguem rumo as suas oficinas numa rotina constante, como um moinho que
vagarosamente tritura os grãos de trigo.
Os
mortos são aplaudidos durante o enterro, os que sobrevivem aproveitam o dia do
velório para marcar uma cartela do Jogo do Bicho, com o número da lápide do
falecido e algumas rodadas de chope, para beber o defunto.
A
vida segue, corações sangram, os sinos das igrejas já anunciam a chegada do
Natal. É melhor esquecer o que passou e começarmos a embrulhar os presentes,
antes que uma bala perdida possa furar o pacote.
Edison
Borba
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