Quando eu era criança, a palavra
indecência era proibida no vocabulário infantil. Fazer indecência era algo
terrível, complexo e imoral. A tal da indecência, quando acontecia, era feita
em lugares fechados e impróprios para menores e para pessoas “sérias”.
O tempo passou e a palavra
tornou-se vulgar e a sua representação concreta se popularizou. Hoje, faz-se
indecência em, todo e qualquer lugar, e não mais em ambientes restritos e
fechados.
Usando um depoimento da saudosa
Dercy Gonçalves, que respondeu a um jornalista, o que ela entendia por
palavrão. Eu, vou utilizar o pensamento da famosa Dercy, usando palavra
indecência.
“...indecência é fome, é não ter
cama nos hospitais. É a miséria, a falta de respeito, é o que estão fazendo com
o povo. Isso é o que é indecência! ...”
Pode-se acrescentar a esta lista,
os problemas indígenas, a violência, o desemprego, a crescente onda de
assassinatos de jovens, principalmente os negros, a decadência da qualidade do
nosso ensino, a falência do programa mais médicos e tantas outras questões que
envergonham aos brasileiros trabalhadores.
Plagiando o excelente jornalista
Ricardo Boechat, indecência é o uso descontrolado de jatinhos pelos
parlamentares brasileiros. Diariamente, um sobe e desce de aviões, decolam e
aterrissam no aeroporto de Brasília. Centenas de voos realizados por nossos
políticos, para suas viagens pessoais. Isso é uma grande indecência!
A constante troca de ministros, a
dança das cadeiras, numa jogada política, onde a Senhora Dilma comercializa e
faz leilões de cargos. Isto também é indecência!
Outra grande e terrível indecência,
é ver o Senhor Lula, lançando-se presidente do País, no início do segundo mandato
de sua amiga, confidente e correligionária. Impossível de acreditar que este
Senhor já esteja ávido pelo poder.
Homens e mulheres, que chegaram
ao governo pelo voto democrático da população trabalhadora do Brasil, não se
envergonham deste comportamento indecente, imoral e que contradiz a tal
democracia brasileira.
Como acreditar nesta “seleção” de
parlamentares que em sua maioria, vive por conta de fazer indecência com o país
que os sustenta. Mamam nas divinas tetas da pátria amada e idolatrada. Às vezes
me faço repetitivo, bato na mesma tecla, tornando-me um indivíduo que não
consegue ver luz no fim do túnel. Sou brasileiro, tenho orgulho da minha
Pátria, mas não posso engolir diariamente tanta mentira, corrupção e indecência
que acontece no meu querido País.
Vou continuar repetindo, falando,
questionando a política brasileira. Impossível fechar os olhos para tanta
indecência. Vou continuar lutando por uma Terra melhor, não sou pessimista,
acredito em nossa infância e juventude e em tempos melhores. Como Moisés, vamos
esperar que desapareça toda essa geração de falsos humanos, para que um novo
tempo se faça ao sul do Equador.
Edison Borba
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