Quando o Senhor Cabral, aqui
chegou, maravilhou-se com a nova Terra. Com a velocidade que à época permitia,
escreveu ao reino que neste paraíso, tudo que se plantasse, germinaria.
Acredito, que o jovem navegante, não disse para o seu rei, que a nova terra
tinha dono, era habitada, vários grupos de homens, mulheres, jovens, crianças e
idosos aqui viviam. Que eles possuíam religião, cultura, idioma, trabalham a terra,
plantavam e pescavam. Havia uma organização com regras e leis, da mesma forma
dos países do velho continente.
Porém, apesar da beleza cultural
desse povo, eles em comparação com o restante do mundo, pareciam ingênuos.
Infelizmente, Cabral e seu grupo, aproveitando-se desta característica, usando
de astúcia e muita ganância tratou de iniciar a destruição daqueles que até
hoje chamamos de índios.
O tempo passou, e a herança
maldita dos colonizadores, perpetuou-se numa epidemia que dizimou as populações
indígenas brasileiras. Doenças, estupros, assassinatos, escravidão, corrupção
entre outros males ainda são questões atuais.
Muito da herança das populações
indígenas ainda sobrevivem na nossa cultura, como na culinária. Outro
importante legado pode ser visto nos nomes de muitas cidades espalhadas pelo
Brasil, como: Votuporanga, Acajutiba, Capivari, Aporá, Sorocaba, Itu,
Arapiraca, Gravataí, Botucatu, Araraquara, Jaú, Bertioga e Itapemirim entre
tantas outras que marcam no mapa brasileiro a existência de povos, os verdadeiros donos desta Terra, chamada Brasil.
Em cada nome de um município,
fica eternizada a presença dos nossos ancestrais, os donos da Terra, onde
segundo o escritor da expedição de Pedro Álvares Cabral, era um Jardim do Éden.
Atualmente, os conflitos entre brancos e índios
continuam, e os poucos indígenas que sobreviveram, alguns ainda vivem em condições
precárias. No relatório publicado pela ONU em 2010, aponta para as mulheres
indígenas, onde uma em cada três é estuprada. Suas vozes são sufocadas, pois as
leis de proteção às mulheres brasileiras não chegam até os grupos indígenas,
cujas meninas são alvo de traficantes.
O dia 19 de abril está marcado no
calendário, como sendo o DIA DOS ÍNDIOS.
Índios? Que índios?
Edison Borba
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