Quando nasce uma criança, com ela
“nasce” a esperança de um novo cidadão ou cidadã. Um específico patrimônio
genético deverá ser desenvolvido ou traduzido, dependendo de como o meio
ambiente agirá sobre ele.
Os alimentos são a base da
construção deste novo organismo. Proteínas, vitaminas, cálcio, ferro e muitos
elementos serão indispensáveis para que o código genético seja bem traduzido. Além
disso, educação e cultura e principalmente amor.
Hoje, dia 12 de outubro, quando
se comemora o dia da criança, com presentes e brincadeiras, também deve ser um
dia de reflexão: “o que o mundo está oferecendo às suas crianças?”
Na África, as imagens são
assustadoras, a falta de alimentos destrói patrimônios genéticos, impedindo que
novos seres se desenvolvam adequadamente. Na Europa, milhares de refugiados,
entre eles muitas crianças sofrem com o medo da guerra. Seus códigos genéticos
também irão ser atingidos provocando alterações do seu real desenvolvimento. 
Outros grupos humanos, também
sofrem pela ação indevida do meio ambiente, que interfere principalmente no
desenvolvimento de seus descendentes. Aqui no Brasil, crianças indígenas,
crianças das cidades atingidas pela seca, crianças cujas famílias tiram seu
sustento dos lixões além das que sofrem pelo abandono social vivendo nas ruas,
entre drogas e abusos, são alguns exemplos infelizes.
Dia 12 de outubro, é dia de refletirmos sobre o que o mundo está fazendo com as
suas crianças, os seus patrimônios genéticos, suas vidas, seus sonhos e
consequentemente sobre o futuro da humanidade.
Não podemos deixar de pensar nas condições em vivem os
brasileirinhos, de todas as nossas regiões, estados, cidades e classes sociais.
Não podemos deixar de pensar no
que os nossos prefeitos, governadores e presidência da república têm feito
todos os anos de democracia geral e irrestrita, sob a qual vivemos?
Atenção! Vocês corruptos! Vocês
que são pais e mães, avôs e avós, tios e tias que hoje devem estar promovendo
festas em seus lares, presenteando suas crianças com caros brinquedos e lindas
viagens. Vocês! Parem pelo menos um minuto e se coloquem no lugar de outros
brasileiros, cidadãos trabalhadores, que nada terão para oferecer aos seus
filhos.
Pratos vazios, barrigas vazias,
cérebros sem estímulos, futuros incertos! É justo?
Edison Borba
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