Suas costas
encontram a minhas costas
Um arrepio,
corre pelo meu corpo
Espalhando-se,
como raio,
Aquecendo-me
em brasa
Quando nas
tardes quentes de verão
Toco de leve
a sua mão, num simples roçar de dedos
Sou tomado
por um frio que me dá arrepio
Fico aceso
em total brasa que penso estar a queimar
Minhas
entranhas,
Tão estranha é a força que de você emana
Quando é
outono e você aparece com as faces rosadas
Tal um
pêssego, sinto tão forte um desejo
Que penso em
esmagar-te entre meus dedos
Na loucura
de saciar minha sede
E se é
primavera e as flores emanam seus perfumes
Quando você
aparece, perco-me em pensamentos mil
Entre odores
de tulipas, margaridas e petúnias
Meu desejo
floresce, renasce e explode em botões de rosas
Para
entregar-me a você em nosso ninho
Que nem
reparo nos espinhos
Que sangram
meu corpo ao te enlaçar em meus braços
Num enlouquecido
abraço que espero nunca ter fim.
Edison Borba
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