(por) EDISON BORBA
Sou
hoje, o que não fui ontem e não serei amanhã
Os
espelhos mostram-me as diferentes faces de um único ser
Em vinte
e quatro horas sou vários
Sem que
eu perceba já não sou o mesmo
Em
segundos deixo de ser o que era
Já
desaprovei o que fui
E não
fui o que um dia sonhei
Engordei
e emagreci e engordei de novo só para emagrecer
Já fui
mau e já fui bom. Já fiz o bem e também
fiz o mal.
Já
aprendi e desaprendi. Já esqueci e já lembrei o que havia esquecido
E já
esqueci o que nem havia lembrado
Já me
vesti e me desnudei
Muitas
vezes fui o que não sou
E às
vezes tento ser o que nunca fui
Já
nasci, já morri e já renasci
E ainda
renascerei outras vezes com outras peles
Em
outros corpos de cores e tamanhos diferentes
Em
diferentes tempos, onde eu sempre procurarei ser
Aquilo
que se adapte melhor, ao meio social
Que é
meu habitat natural...
Quero
sobreviver, mesmo tendo que ser
Artificial
...
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