É pau é
pedra é a casa no chão / É família soterrada é criança sem pão/
É encosta
escorrendo matando um irmão /É lama, é lodo, é desconstrução/
É menino
chorando é mulher soluçando / É político fugindo/
É dinheiro sumindo
/É barulho, é entulho é o sonho desfeito/
É prefeito
imperfeito vereador enganador /
São os homens do mau que só causam dor / É
família chorando a morte de José/
É muita
gente velando o corpo do João /
É o Rio de Janeiro, de janeiro a dezembro /
Não
é só em março que as águas invadem/
As ruas as
casas escolas e hospitais / É o ano todo, é todo ano
É anos e
anos, num tormento sem fim / É tijolo, é telhado é parede no chão /
É o rosto
em lágrimas e lamentos em vão/
É mobília
arrastada, é a roupa molhada /
É tristeza, é tristeza ninguém tem compaixão
É
desabrigado é desalojado é o morto em caixão /
É o donativo sumindo dos
necessitados/
É sem teto
amargando grande solidão! / Não tem casa nem lar, agora é só esperar/
É pau é
pedra para a reconstrução / É a luta, é a urna, é o voto na mão
É tentar
renascer para uma nova visão /
Sem criança chorando, sem casa desabando /
Sem
viúvas na rua implorando pelo pão/
É pau é
pedra ... mas não é o fim do caminho!
******
Licença do
Senhor Antônio Carlos Jobim. Lembrando que 2018 é ano de eleições. A arma do
povo é o voto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário