sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

RIO DE JANEIRO, DAS CHUVAS O ANO INTEIRO!


(por) Edison Borba
 
É pau é pedra é a casa no chão / É família soterrada é criança sem pão/
É encosta escorrendo matando um irmão /É lama, é lodo, é desconstrução/
É menino chorando é mulher soluçando / É político fugindo/
É dinheiro sumindo /É barulho, é entulho é o sonho desfeito/
É prefeito imperfeito vereador enganador /
São os homens do mau que só causam dor / É família chorando a morte de José/
É muita gente velando o corpo do João /
É o Rio de Janeiro, de janeiro a dezembro /
Não é só em março que as águas invadem/
As ruas as casas escolas e hospitais / É o ano todo, é todo ano
É anos e anos, num tormento sem fim / É tijolo, é telhado é parede no chão /
 É o rosto em lágrimas e lamentos em vão/
É mobília arrastada, é a roupa molhada /
É tristeza, é tristeza ninguém tem compaixão
É desabrigado é desalojado é o morto em caixão /
É o donativo sumindo dos necessitados/
É sem teto amargando grande solidão! / Não tem casa nem lar, agora é só esperar/
É pau é pedra para a reconstrução / É a luta, é a urna, é o voto na mão
É tentar renascer para uma nova visão /
Sem criança chorando, sem casa desabando /
Sem viúvas na rua implorando pelo pão/
É pau é pedra ... mas não é o fim do caminho!
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Licença do Senhor Antônio Carlos Jobim. Lembrando que 2018 é ano de eleições. A arma do povo é o voto!

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