Era uma vez um homem. Um senhor. Um
trabalhador. Mais especificamente um profissional do volante. Um motorista.
Conta a lenda, que ele, realizou um
grande sonho, se tornou chofer de “madame”. Mais do que isso, um condutor de
astros e estrelas.
Dias e dias, e o homem trabalhador, era
só felicidade. Conduzir famosos e famosas,
atores e atrizes. Ele em seu uniforme, feliz ao volante dirigindo famosos.
Quanto orgulho, ter seu veículo apontado
pelas ruas como se fosse uma carruagem conduzindo a família real britânica.
Dias, meses e anos de muita alegria.
Habituado a dirigir com cautela, para não perturbar os grandes nomes da
dramaturgia televisiva. Ele sabia que muitos dos grandes nomes, possuem
temperamento frágil e instável.
Dizem as boas e más línguas, que
verdadeiramente os famosos por essência, são os mais tranquilos e também os
mais educados com seus apoiadores. São os que tratam bem os auxiliares, como
manicuras, cabeleireiros, costureiros, maquiadores e outros profissionais que
garantem o brilho dos astros e das estrelas. Porém, existem os que usam seus poderes
contratuais para expressarem seus maus humores, indelicadezas e pouca educação.
É uma forma de fazer sucesso às avessas. Talvez sejam os que possuem menos
brilho.
Mas o nobre cidadão não se importava com
isso. Ele gostava de dirigir o automóvel como se fosse nave espacial, por um
universo de astros e estrelas.
Porém, lamentavelmente, uma falha na
comunicação, fez com que a direção do seu veículo, fosse mudada. Como uma
órbita de cometa, seu carro perdeu-se no universo aumentando a sua trajetória, tornando a viagem
mais longa do que deveria.
A
mudança de órbita não agradou a estrela passageira. Raios e trovões foram lançados. O tempo ficou
nublado e uma forte chuva de granizo atingiu o trabalhador.
Um erro injustificável! Uma estrela
jamais pode perder o rumo! Como um simples condutor de veículo perde a rota? Como
a rainha da história de Alice no país das maravilhas, uma explosão de pragas
caiu sobre o homem. Assustado e com medo da punição, o coração do trabalhador,
assim como o seu carro, mudou de rota, enguiçou e parou.
Hoje, o senhor motorista dirige seu
carro entre as nuvens do céu. A estrela, continua na terra, tentando não se tornar cadente.
Edison
Borba
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