A
espécie humana levou milhares de anos até conseguir desenvolver um
cérebro capaz de funcionar com muito mais precisão do que os mais
modernos computadores do mundo. Coordenando um intrincado sistema de
nervos que percorrem a coluna vertebral, este maravilhoso complexo
permite ao homem comunicar-se com o mundo.
Entre
os diversos órgãos dos sentidos, a língua, que nos permite
diferenciar os sabores, também é indispensável para a comunicação
oral entre os humanos. A natureza desenvolveu um aparelho fonador
incrível, tendo a língua a função de coordenar e dar vida aos
pensamentos humanos.
Pensamos
e falamos, isto é, falamos o que pensamos!
Infelizmente
este incrível sistema de comunicação vive sofrendo intervenções
que complicam a comunicação entre os terráqueos. Um deles, os
idiomas, formam barreiras que dividem o mundo entre os que falam
chinês, inglês, alemão, russo, português, guarani, javanês entre
outras centenas de formas de expressão do pensamento em linguagem.
Neste campo, existem línguas mortas, isto é, aquelas que não são
mais usadas, como é o caso do Latim.
Porém,
falar idioma diferente não é barreira quando pessoas, têm
afinidade.
Gente
de diversos países são capazes de se entender quando entre elas se
estabelece uma química que chamamos amizade.
Amigos,
podem se manter juntos falando idiomas diferentes, pensando de formas
diferentes, tendo crenças diferentes, gostando de “coisas”
diferentes, sendo diferentes, cada um na sua individualidade. A
relação afetiva deixa a “língua” num segundo plano. O amor, em
suas diversas formas, supera qualquer barreira. As reações
bioquímicas humanas juntam ou afastam pessoas, mesmo as que usam a
mesma língua.
Infelizmente,
existe o outro lado da moeda, os desencontros e os desentendimentos.
Pessoas que não conseguem se entender e mesmo falando idiomas
iguais, usam a língua para ofender, humilhar, desagregar e até
cortar como uma navalha na carne.
Este
órgão, tão importante, que nos brinda com o paladar, e com ele nos
deliciamos com comidas e bebidas e nos momentos íntimos de amor,
nos permite saborear o parceiro, misturando-se com os lábios e
apimentando a paixão, também pode tornar-se um terrível inimigo.
Quando
cérebro se descontrola e a deixa livre, ela pode ser cruel e usada
para descarregar todos os maus pensamentos que se formam entre
inimigos.
Importante
é tratarmos bem a nossa língua, além da higiene bucal e dental,
fornecer para ela bons pensamentos, boas palavras e lindas frases.
Ela, a nossa língua, precisa ser educada, mesmo quando ela é capaz
de ajudar na pronúncia de diversos idiomas, ela perderá o respeito
se for usada para ferir e magoar.
Minha
língua, amiga ou inimiga? Depende de mim!
Edison
Borba
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