Hoje, seu
nome e foto está nas manchetes dos jornais, ela é a vítima de
número 47 a ser atingida por bala perdida no Rio de Janeiro, no ano
de 2015. Aprimorando mais a pesquisa, chega-se a conclusão que
Cláudia foi a terceira vítima no mês de abril.
Autoridades
começaram a discutir, a quem pertence a bala que atingiu a jovem
mulher. Será um projétil dos policiais? E se for dos traficantes?
Qual facção criminal será a dona desta bala?
Discussões
que irão se arrastar por dias e meses e irá se juntar a outras, que
ainda não sabem os proprietários das balas que mataram o menino
Eduardo, de dez anos, a dona de casa – Elizabeth Alves, além de
outras pessoas cujos nomes já não conseguimos lembrar.
Vivemos
uma guerra urbana, que deixa claro a situação de violência em que
nos encontramos. Confrontos entre as diversas facções de
traficantes e destas com a polícia e no centro desta luta o povo,
trabalhadores, crianças e mulheres que não vivem o glamour das
passarelas e nem a fama dos gramados de futebol. Gente que anda na
corda bamba, tentando manter o equilíbrio de viver numa terra de
grandes diferenças sociais.
Vamos
fechar nossas janelas e deixar do lado de fora as belezas do outono!
A gente
não devia, mas se acostuma! Será?
Edison
Borba
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